Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

A Igreja Paroquial de Canas de Senhorim estava cheia como um ovo, apesar da chuva que caiu, ao longo de todo o dia.

Às dezasseis horas, D. Ilídio Leandro percorria a passadeira de junco feita em direcção à porta da Igreja, acompanhado do Vigário-Geral, do Pároco e do André Silva, que ia receber a ordenação diaconal, durante a Eucaristia festiva, que congregou a comunidade cristã, os autarcas locais e muitos sacerdotes e diáconos, não apenas da diocese de Viseu, mas também de outras que partilham o Seminário Interdiocesano, em Braga.

A alegria do Bispo e do André Silva eram evidentes, o mesmo reflectindo os rostos de quantos participavam na celebração, que foi animada pelo Grupo Coral local.

O ritual da ordenação diaconal “encaixou” perfeitamente no espírito da celebração eucarística deste IV Domingo do Tempo Comum, em que o Evangelho apresentava as Bem-aventuranças. Foi o centro da homilia de D. Ilídio que, num diálogo de grande proximidade, alertou o André para a importância da sua “escolha”, respondendo à vocação, que é vocação à vivência do espírito das bem-aventuranças propostas por Cristo.

A resposta do André ao chamamento não deixou dúvidas quanto à sua decisão de querer servir a comunidade cristã com inteira confiança e desprendimento, segundo a proposta de Jesus aos seus discípulos.

Depois da súplica, em ladainha, a todos os Santos, o Pároco, Pe. Carvalhal, impôs ao André as insígnias diaconais – estola cruzada sobre os ombros e dalmática, tendo o mesmo feito as suas promessas rituais, ajoelhado diante do Bispo, que pronunciou a fórmula de ordenação e lhe entregou os Evangelhos, para que “crê o que lês, ensina o que crês, vive o que ensinas”, como propõe o Ritual da Ordenação.

O Bispo também apresentou à assembleia cristã de Canas de Senhorim o Paulo Domingues, que foi ordenado no passado Domingo, em Destriz, e o Vicente, que será ordenado no próximo Domingo, em Moledo. Ambos, juntamente com o André Silva, receberam os aplausos dos presentes, numa evidente manifestação de alegria.

A mesma alegria que brilhava no rosto de D. Ilídio, confessando que este era a maior alegria que viveu em Canas de Senhorim, recordando os anos em que ali foi Pároco. E terminou dizendo que “voltaria com muito gosto por idêntica razão” se algum dos jovens presentes se dispusesse a aceitar o desafio que o André aceitara, quando decidiu ir para o Seminário, para discernir a vocação que sentiu chamá-lo.

“O Reitor do Seminário e a Equipa de formação acolherá com muito carinho aquele que se sentir chamado”, concluiu D. Ilídio.

G.I.

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