Papa Francisco tem confessado devoção particular ao santo.
A Igreja Católica evoca anualmente, a 19 de março, a figura de São José, patrono da Igreja universal, que o Papa Francisco tem recordado como “exemplo de vida humilde e discreta”.
O pontificado do Papa argentino iniciou-se precisamente no dia 19 de março, em 2013, e o sucessor de Bento XVI apresentou então São José como “«guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos”.
Em 2014, no mesmo dia, Francisco disse que São José é o modelo de “educador” e de “papá” para todos os pais do mundo.
Em entrevistas e encontros com fiéis, o Papa tem confessado a sua devoção particular por São José.
“Eu gosto muito de São José porque é um homem forte e de silêncio. No meu escritório, eu tenho uma imagem de São José a dormir e, dormindo, ele cuida da Igreja. Quando tenho um problema ou uma dificuldade, escrevo-o num papelinho e coloco-o debaixo de São José, para que ele sonhe sobre isso, ou seja, para que ele reze por este problema”, afirmou em Manila.
A 19 junho de 2013, o nome de São José foi inserido nas Orações Eucarísticas II, III e IV do Missal Romano através de um decreto emitido pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
A decisão de acrescentar esta referência na principal oração da celebração da missa justifica-se, de acordo com a Santa Sé, “pelo seu lugar singular na economia da salvação como pai de Jesus”.
“São José de Nazaré, colocado à frente da Família do Senhor, contribuiu generosamente na missão recebida na graça e, aderindo plenamente ao início dos mistérios da salvação humana, tornou-se modelo exemplar de generosa humildade, que os cristãos têm em grande estima, testemunhando aquela virtude comum, humana e simples, sempre necessária para que os homens sejam bons e fiéis seguidores de Cristo”, assinala o documento.
São José foi desde cedo apresentado pela Igreja Católica como símbolo e exemplo de pai e de trabalhador, estando por isso associado à celebração do ‘Dia do Pai’.
Por coincidir este ano com um domingo, a solenidade litúrgica de São José vai ser celebrada na segunda-feira, 20 de março.
Os factos relativos à vida de São José são contados nos Evangelhos, sobretudo nos textos de Mateus e Lucas, que o citam pela última vez no episódio da perda e encontro de Jesus no Templo.
A morte de São José não é relatada, embora se conclua, pelos Evangelhos, que ocorreu antes do início da vida pública de Jesus.
Acredita-se que o culto a São José teve início entre as comunidades cristãs do Egito; no Ocidente, os servitas, membros de uma ordem mendicante do século XIV, começaram a festejar o dia 19 de março como data da morte do santo.
Essa devoção logo teve defensores, entre os quais o Papa Sisto IV e a mística espanhola Santa Teresa de Jesus.
São José foi declarado patrono da Igreja universal em 1870, por Pio IX; Pio XII instituiu em 1955 a festa em que é homenageado como São José Operário, a 1 de maio.
A iconografia de São José é paralela à evolução do seu culto, como explica uma nota do Tesouro-Museu da Sé de Braga enviada à Agência ECCLESIA, precisando que “a partir do séc. XVI, os artistas rejuvenesceram a figura de José, conferindo-lhe o aspeto de um homem de quarenta anos”.
OC