Papa Francisco deixou críticas a economia de mercado que deixa de parte natureza social da empresa.
O Papa Francisco alertou ontem, no Vaticano, para as consequências do desemprego na atual geração de jovens, enquanto os mais velhos têm de trabalhar “demasiado tempo”.
“É por isso urgente um novo pacto social humano, um novo pacto social pelo trabalho que reduza as horas de trabalho para quem está na última estação laboral, para criar emprego para os jovens que têm o direito-dever de trabalho”, disse, ao receber os delegados da Confederação Italiana dos Sindicatos de Trabalhadores.
O Papa deixou críticas a uma economia de mercado que deixa de parte natureza social da empresa.
“O capitalismo do nosso tempo não entende o valor do sindicato, porque se esqueceu da natureza social da economia, da empresa. Este é um dos maiores pecados”, declarou.
Francisco citou São João Paulo II para defender uma “economia social de mercado” em vez de uma “economia de mercado”, denunciando a desigualdade salarial que afeta as mulheres e o trabalho infantil.
O Papa considerou “desumano” que os pais não tenham tempo para estar com os seus filhos, por causa do trabalho, e pediu “outra cultura”.
“A vossa vocação é também proteger quem ainda não tem direitos, os excluídos do trabalho que estão excluídos também dos direitos e da democracia”, referiu aos delegados sindicais.
A intervenção apontou campos de ação para os sindicatos, que têm de lutar pelos “descartados do trabalho” e não só por quem já trabalha ou se reformou.
Francisco alertou para os perigos da corrupção no mundo sindical e pediu que a presença destes responsáveis se façam sentir “entre os imigrantes, os pobres que estão dentro dos muros da cidade”.
G.I./Ecclesia:OC