Bispo emérito de Setúbal faleceu aos 90 anos de idade.
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Barbosa, lembrou a “profunda humanidade” do bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins, que morreu hoje, aos 90 anos de idade.
“A profunda humanidade, a atenção permanente às pessoas, a intransigente defesa dos direitos humanos e dos valores evangélicos, a extrema dedicação às gentes de Setúbal durante os seus 23 anos como Pastor da Diocese, os serviços que prestou a toda a Igreja em Portugal permanecem entre nós como intenso testemunho da sua fecunda vida de Pastor”, refere o secretário da CEP em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
O padre Manuel Barbosa manifesta a “comunhão de oração amiga para com D. Manuel e a solidariedade para com os seus familiares”.
O prelado faleceu na Maia, Diocese do Porto, em casa de familiares.
D. Manuel Martins foi o primeiro bispo nomeado para a então recém-criada Diocese de Setúbal, onde iniciou o seu ministério episcopal no dia 26 de outubro de 1975.
O falecido bispo nasceu a 20 de janeiro de 1927, em Leça do Balio, concelho de Matosinhos; foi ordenado sacerdote em 1951, após a formação nos seminários do Porto, seguindo-se a frequência do curso de Direito Canónico na Universidade Gregoriana, em Roma.
Pároco da Cedofeita, no Porto, entre 1960 e 1969, D. Manuel Martins foi nomeado vigário-geral da diocese nortenha em 1969, antes de seguir para Setúbal.
D. Manuel Martins foi presidente da Comissão Episcopal da Ação Social e Caritativa, bem como da Comissão Episcopal das Migrações e Turismo, na Conferência Episcopal Portuguesa; foi ainda presidente da Secção Portuguesa da Pax Christi e da Fundação SPES.
No dia 23 de abril de 1998, o Papa João Paulo II aceitou o seu pedido de resignação ao cargo de bispo de Setúbal.
O bispo emérito foi agraciado com a grã-cruz da Ordem de Cristo, durante as comemorações do 10 de junho de 2007, em Setúbal, e com o galardão dos Direitos Humanos da Assembleia da República, a 10 de dezembro de 2008.
G.I./Ecclesia:OC