D. Manuel Clemente presidiu à delegação da instituição recebida em audiência no Vaticano.
A reitora da Universidade Católica disse hoje à Agência ECCLESIA que o Papa Francisco pediu à instituição portuguesa para “passar das palavras aos atos”, em “diálogo com o mundo” e a “fazer no mundo”.
“Há sempre mais a fazer e não podemos ficar no nosso conforto”, afirmou Isabel Capeloa Gil após o encontro com o Papa, em Roma.
Para a reitora da UCP, o Papa apelou a uma universidade “inclusiva” e desafiou à afirmação da “dimensão da Igreja no mundo”, criando um “espaço de diálogo fecundo dos saberes”.
“Sermos concretos, estarmos no terreno, estarmos em diálogo com o mundo, mas estarmos a fazer no mundo também”, insistiu.
O Papa Francisco recebeu hoje uma delegação de 150 colaboradores da UCP em audiência no Vaticano, presidida por D. Manuel Clemente, magno chanceler da instituição.
Para o cardeal-patriarca de Lisboa, o Papa pediu no discurso que dirigiu à delegação que “toda a reflexão que se faz na universidade, teórica e científica, nunca perca de vista o concreto das situações e da vida das pessoas”.
D. Manuel Clemente lembrou que o Papa deixou um apelo a um “diálogo integrador”, à procura do “saber integrado e integral”, sempre com uma preocupação “humana e humanizadora.
“Noto em toda a gente, desde a equipa reitoral e os diretores das faculdades, uma grande vontade na linha do que o Papa Francisco propôs”, acrescentou o cardeal-patriarca de Lisboa.
Durante a audiência, Isabel Capeloa Gil entregou ao Papa dois presentes: o Fundo de Apoio Social Papa Francisco e uma cruz peitoral, “desenhada por uma jovem artista portuguesa, Carolina Curado, bióloga por formação e designer por vocação”.
A Universidade Católica Portuguesa está a assinalar 50 anos de existência, celebrados em Roma na audiência com o Papa Francisco, uma sessão na Universidade Gregoriana e uma Missa de Ação de Graças na Igreja de Santa Ana, no Vaticano.
A criação da Universidade Católica data de 1967 e o reconhecimento oficial de 1971, considerada pelo Estado como “instituição universitária livre, autónoma e de utilidade pública”.
G.I./Ecclesia:HM/PR