Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Os cristãos precisam de ler e meditar de novo durante estes dias com espírito de fé, esperança, amor, alegria, paz, humildade e confiança a Carta Apostólica do Papa Francisco “Patris Corde”, escrita por ocasião do 150º Aniversário da Declaração de São José como Padroeiro da Igreja Universal.

Que seja uma leitura feita com serenidade, sabedoria, espírito de fé, esperança e caridade colocando-nos a todos sob a proteção do Bem Aventurado São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus.

Os Evangelistas Mateus e Lucas puseram em relevo a sua figura, embora narrando poucos factos da sua vida, dizem o suficiente para nos fazer compreender o género específico da sua paternidade em relação a Jesus e a missão que a Providência Divina lhe confiou como “esposo de Maria”.

Sabemos que era um humilde carpinteiro (cf. Mt 13,55), desposado com Maria (cf. Mt 1,18; Lc 1,27); “um homem justo” (Mt 1,19), sempre pronto a cumprir a vontade de Deus manifestada na sua Lei (cf. Lc 2,22.27.39) e através de quatro sonhos (cf. Mt 1,20; 2,13.19.22).

O Papa Francisco na sua Carta ajuda-nos a percorrer o itinerário humano e espiritual da vida de São José de um modo simples e belo na sua relação com Jesus e Maria, apresentando-nos os principais episódios dos Evangelhos que nos falam de tão insigne chefe da Casa de Nazaré e de um ilustre cuidador e protetor da Igreja e do mundo.

O modo surpreendente como a partir da afirmação “Um coração de Pai” desenvolve os seguintes temas: “Pai amado”; Pai na ternura”; “Pai na obediência”; “Pai no acolhimento”; “Pai com coragem criativa”; “Pai trabalhador”; “Pai na sombra”; termina com uma preciosa oração:

“Salve, guardião do Redentor

e esposo da Virgem Maria!

A vós, Deus confiou o seu Filho;

em vós, Maria depositou a sua confiança;

convosco Cristo, tornou-Se homem.

Ó Bem-aventurado José,

mostrai-vos pai também para nós.

E guiai-nos no caminho da vida.

Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,

E defendei-nos de todo o mal. Ámen.

Ao celebrarmos mais uma vez a solenidade de São José e o Dia do Pai, quero convidar-vos a todos a ser na família, no trabalho, na Igreja e no mundo uma presença de vida empenhada, discreta e fiel na imitação das virtudes de São José. Aprendamos a recorrer à proteção de São José todos os dias da nossa vida, de modo particular nas horas difíceis e sombrias da humanidade e da Igreja através de uma oração feita com fé, confiança e perseverança.

Coloquemos no coração de São José as intenções da Igreja e do nosso mundo ferido e magoado ao serviço da Vida.

Entreguemos ao seu cuidado e proteção as crianças, os adolescentes, os jovens em caminhada para a JMJ, as famílias, todos os que experimentam o sofrimento e os horrores da guerra e da violência.

São José homem sábio, guardião da Família de Nazaré, protetor da Igreja, patrono dos operários, cuide da vida de cada pessoa humana nas diversas situações da sua existência frágil.

São José mestre de vida interior, modelo de obediência, servo no silêncio, fiel na oração, exemplo de vida familiar, testemunha feliz no trabalho, incansável servidor de Jesus e Maria protegei a Igreja, o Papa Francisco, os bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos, os consagrados (as), os membros dos institutos seculares, os seminaristas, os candidatos à vida consagrada, os fiéis leigos, as famílias, os jovens, todo o povo de Deus e pessoas de boa vontade. Em caminho sinodal todos juntos, rezemos pelos nossos pais vivos e defuntos, pelos filhos para que em tudo à maneira de Jesus, façamos em cada dia a vontade do Pai.

 

† António Luciano,
Bispo de Viseu
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