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Cardeal Jean Louis Tauran deixou mensagem a cristãos e muçulmanos.

O presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, cardeal Jean Louis Tauran, realçou o trabalho conjunto entre os líderes cristãos e muçulmanos como “o antídoto mais eficaz” contra os excessos fundamentalistas que marcam atualmente a sociedade.

Num artigo publicado no jornal L’Osservatore Romano, do Vaticano, o representante da Santa Sé salientou que “atos criminosos” como o assassinato do padre Jacques Hamel, na paróquia da Normandia, em França, por elementos do grupo terrorista Estado Islâmico, não podem colocar em causa o “diálogo inter-religioso”.

“Devemos continuar a encontrar-nos, a falar, a trabalhar juntos quando for possível, para que o ódio não prevaleça (…) e promover a educação religiosa, dado que alguns elementos das sociedades procuram fazer esquecer ou até destruir o aspeto espiritual da vida do homem”, apontou aquele responsável, alertando para o perigo da generalização e do extremar de posições.

“Muitas vezes dou-me conta de que muitos problemas se devem à ignorância de um lado e de outro. E a ignorância gera o medo. Para viver juntos é necessário olhar para quem é diverso de nós com estima, curiosidade benévola e desejo de caminhar lado a lado”, sustentou D. Jean Louis Tauran.

Sobre a sucessão de atentados que têm sido cometidos pelo Estado Islâmico, alegadamente em nome de Deus, o cardeal francês defendeu que estas “tragédias” têm de motivar “novas vias” de diálogo, “mais racionais e corajosas”.

“Tornou-se urgente aprofundar o conteúdo das nossas religiões com uma catequese minuciosa e nós, católicos, em relação a isso, somos privilegiados porque podemos inspirar-nos no magistério do Papa Bento XVI, o qual, mais do que os outros Pontífices, falou sobre a necessidade do diálogo islâmico-cristão”, recordou.

Voltando ao caso do assassinato do padre Jacques Hamel, o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso afirmou que “concebeu este ato ignóbil tinha uma finalidade bem precisa: demonstrar que não é possível a convivência entre muçulmanos e cristãos”.

“Nós demonstramos e acreditamos que, pelo contrário, devemos unir as nossas forças em nome de Deus para agir juntos pela harmonia e a unidade num espírito de sinceridade e de confiança recíproca”, concluiu.

G.I./Ecclesia:JCP

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