Localidade é uma das mais atingidas pelo terramoto na região central da Itália.
O Papa Francisco decidiu enviar uma equipa de bombeiros do Vaticano para a localidade de Amatrice, uma das mais afetadas pelo sismo que hoje atingiu a região central da Itália, anunciou a Santa Sé.
“Como sinal concreto da proximidade do Santo Padre às pessoas atingidas pelo terramoto, uma equipa de seis membros da corporação de bombeiros do Vaticano deslocou-se esta manhã para Amatrice”, refere um comunicado divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.
Esta equipa vai trabalhar com a Proteção Civil Italiana nas operações de “busca e de assistência às vítimas”.
Francisco tinha recordado as vítimas do sismo durante a audiência pública semanal desta manhã, na Praça de São Pedro, manifestando o seu pesar e “grande dor” perante o cenário de morte e destruição.
O terramoto ocorreu às 03h36 locais (02h36 em Lisboa), a sudeste de Nórcia, cidade da província de Perúgia, na região da Umbria, seguindo-se réplicas ali e nas regiões de Lácio, nas proximidades de Roma, e das Marcas.
Cerca de 160 réplicas ocorreram desde a madrugada de hoje, num desastre natural que provocou um número ainda indeterminado de desaparecidos e várias dezenas de mortos, além de elevados danos materiais.
O bispo de Rieti, no epicentro do sismo, revelou ter recebido um telefonema do Papa Francisco às sete da manhã.
“Informou-me que soube do terremoto às 04h15 e que celebrou depois a Missa, rezando pelas pessoas envolvidas. Pediu-me para não ter medo e dirigiu-me palavras de proximidade e de encorajamento, que gostaria de transmitir à população”, declarou D. Domenico Pompili, citado pela Rádio Vaticano.
O prelado estava em peregrinação a Lourdes (França), onde foi informado do abalo sísmico, tendo regressado imediatamente a Rieti.
O padre Savino d’Amelio, pároco de Amatrice, na província de Rieti, falou em lágrimas à Comunicação Social, no meio dos destroços: “Estamos a viver esta tragédia, não sei o que dizer; esperamos apenas que haja o mínimo de vítimas possível e que tenhamos todos coragem de seguir em frente”.
O presidente do município de Amatrice, Sergio Pirozzi disse que a cidade “já não existe” e que há muitas pessoas debaixo dos escombros.
OC