A equipa de bombeiros do Vaticano que o Papa enviou a Amatrice, após o sismo desta quarta-feira na Itália, resgatou uma criança de 3 anos entre os escombros, num cenário de “verdadeiro inferno”.
“Conseguimos extrair milagrosamente viva uma criança de 3 anos. Com ela, recuperamos também a sua família: o pai, a mãe e a irmã de 10 anos, mas infelizmente não estavam vivos”, relata Orlando Latini, coordenador da equipa de seis elementos, em declarações ao jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’.
O responsável sublinha que os bombeiros chegaram a Amatrice, uma das localidades mais afetadas pelo sismo, ainda na tarde de quarta-feira, para auxiliar nas operações de socorro.
“A situação que encontramos é dramática, um verdadeiro inferno: a cidade está completamente destruída. Parece que se está numa guerra, mas aqui é pior, porque a guerra poupa algumas casas, mas aqui há só amontoados de destroços”, refere Latini.
A equipa de seis elementos registou-se no comando dos bombeiros organizado em Rieti, epicentros do sismo, e foi enviada de pronto para Casale, uma pequena localidade do município de Amatrice.
O trabalho tem-se dividido entre as operações de resgate nos escombros e a montagem de tendas, numa “corrida contra o tempo” para encontrar algum sinal de vida sepultada debaixo da destruição.
Orlando Latini sublinha que as pessoas estão “abaladas” perante o cenário de destruição e precisam de muito apoio moral.
Os bombeiros levaram consigo, entre outras coisas, rosários e imagens com a bênção do Papa que entregaram aos sacerdotes presentes no território, para que os distribuam à população.
Do Vaticano partiu, na quinta-feira, uma equipa da Gendarmaria (seis polícias e um oficial) e o Corpo da Guarda Suíça organizou uma recolha de sangue.
A mais recente atualização do terramoto que abalou o centro de Itália, na quarta-feira, é de 267 mortos; desde o início do sismo, foram registadas 928 réplicas.
G.I./Ecclesia:OC