Prioridade que «nunca pode estar desligada de uma responsabilidade pelas pessoas».
Os responsáveis pelas Igrejas cristãs na Europa uniram esforços na defesa de uma sociedade mais preocupada com o meio ambiente e que ao mesmo tempo respeite a dignidade humana.
A declaração conjunta foi enviada à Agência ECCLESIA, por ocasião do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação (01 de setembro), e integra os membros do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), da Conferência das Igrejas Europeias (CIE) e da Rede Europeia Cristã pelo Ambiente (ECEN).
“Respeitar a criação significa não apenas proteger e salvaguardar a terra, a água e outras partes do mundo natural. Deve ser ao mesmo tempo expressão de um respeito por todos os seres humanos que partilham estes tesouros e têm a responsabilidade de os preservar”, escrevem os líderes cristãos.
O Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação foi instituído pelo Papa Francisco em 2015, com o objetivo de dar aos cristãos e às suas comunidades a oportunidade de renovarem a adesão pessoal à vocação de protetores da criação”.
“Segundo o Evangelho, a responsabilidade pelo ambiente nunca pode estar desligada de uma responsabilidade pelas pessoas: pelos nossos vizinhos, pelos pobres, pelos esquecidos, tudo num espirito de solidariedade e amor”, apontam os bispos católicos e de outras Igrejas cristãs na Europa, que retomam o conceito da Terra enquanto “casa comum” a preservar, já várias vezes referido pelo Papa Francisco.
O Papa argentino incluiu o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação no calendário católico com um propósito ecuménico, já que este também é comemorado pela Igreja Ortodoxa.
Os membros das Igrejas cristãs lembram os problemas que ameaçam atualmente a preservação do planeta, desde “a degradação ambiental às mudanças climáticas” e apelam aos cristãos que “assumam a sua responsabilidade” na busca de um novo contexto.
Este comunicado conjunto está assinado pelo padre português Duarte da Cunha, secretário-geral do CCEE, pelo reverendo ortodoxo Heikki Huttunen, secretário-geral do CEC, e pelo padre Peter Pavlovic, secretário-geral da ECEN.
JCP