«Apoio à Maternidade e Paternidade» é alternativa para «combater chaga social» da Interrupção da Gravidez.
A Federação Portuguesa Pela Vida reagiu à divulgação dos números do aborto em Portugal relativos ao ano de 2015 e referiu que foram mais de 15 mil crianças a quem “foi tirado o direito a nascer”.
“Dentro de 2 anos ,estas 15 873 crianças preencheriam 1000 salas de aulas de pré-escola e depois 1000 professores do 1.º Ciclo teriam emprego. São 1000 postos de trabalho que se atiraram ao lixo”, refere a Federação Portuguesa Pela Vida (FPV).
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a FPV lamenta o “drama humano” que esses números representam, em concreto, as crianças a quem “é tirado o direito a nascer” e as milhares de mulheres que, “sem apoio e, muitas vezes obrigadas pelas circunstâncias, acabam por recorrer ao aborto”.
Para o organismo, enquanto existir uma mulher que diga ‘abortei porque não tive quem me ajudasse’, Portugal vai ser “sempre” um país que “nega a solidariedade, os direitos humanos e a paz”.
Neste contexto, a FPV observa que o Apoio à Maternidade e Paternidade seria “um primeiro passo” para combater a “chaga social” que é o aborto mas, “infelizmente”, a atual maioria parlamentar “continua na luta ideológica e fecha os olhos aos mais carenciados”.
“Estes 15 873 abortos não são fruto da liberdade, mas da recusa política em apoiar as mulheres na hora de carências e dramas humanas”, considera a Federação Portuguesa Pela Vida.
A Direção-geral da Saúde (DGS) divulgou esta terça-feira o Relatório de Registos de Interrupção da Gravidez (IG) 2015 – janeiro a dezembro de 2015 – onde informa que as 15 873 interrupções, nas primeiras 10 semanas por opção da mulher, “correspondem a uma diminuição de 1,9% relativamente ao período homólogo de 2014”.
No site de ‘Saúde Sexual e Reprodutiva’ da DGS, a entidade explica que os dados foram extraídos da base nacional a 22 de abril de 2016, de forma a reduzir o impacto dos registos tardios.
G.I./Ecclesia:CB/OC