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Papa aceitou renúncia de D. António Vitalino no dia em que este completou 75 anos.

D João Marcos sucede a partir de hoje D. António Vitalino como bispo da Diocese de Beja, após o Papa ter aceitado a renúncia deste último, revelou a Nunciatura Apostólica em carta enviada à Agência ECCLESIA.

O Papa aceitou a renúncia de D. António Vitalino no dia em que este completou 75 anos, em conformidade com o cânone 401 do Código de Direito Canónico, o qual determina o pedido de resignação do bispo diocesano que atinja essa idade.

D. João Marcos tinha sido nomeado por Francisco como coadjutor da diocese alentejana a 10 de outubro de 2014, com direito de sucessão.

O novo bispo de Beja, de 67 anos, é natural da Diocese da Guarda; frequentou os seminários do Patriarcado de Lisboa, sendo ordenado sacerdote a 23 de junho de 1974 por D. António Ribeiro; a ordenação episcopal aconteceu a 23 de novembro de 2014, sob a presidência de D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca.

A sua entrada como bispo residencial da Diocese de Beja foi automática, de acordo com o cânone 409 do Código de Direito Canónico: “Vagando a sé episcopal, o bispo coadjutor torna-se imediatamente bispo da diocese para a qual fora constituído, contanto que já tenha tomado posse legitimamente”.

D. João Marcos frequentou, para além do curso teológico no Instituto Superior de Estudos Teológicos do Patriarcado, o curso de pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, hoje Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

Pároco entre 1974 e 2002 e membro do Conselho Pastoral do Patriarcado de Lisboa a partir de 2001, o novo bispo foi nomeado cónego da Sé de Lisboa em 2003; fez várias experiências de itinerância como membro do Caminho Neocatecumenal, nomeadamente em Évora (1981-1983), em Dublin (1984) e em Porto Velho, Manaus e Belém do Pará (Brasil, 1985).

Os temas da formação sacerdotal e da representação iconográfica da Liturgia da Bíblia preenchem as principais publicações da autoria de D. João Marcos.

A sua nomeação como coadjutor respondeu a um pedido feito por D. António Vitalino, que em diversas ocasiões se manifestou sobre a necessidade de contar com um bispo coadjutor a quem possa confiar a sua missão quando atingisse os 75 anos.

Um bispo coadjutor é nomeado por iniciativa da Santa Sé e, ao contrário dos bispos auxiliares, goza do direito de suceder ao bispo diocesano quando este cessa as suas funções.

No início do ano pastoral, D. António Vitalino e D. João Marcos enviaram uma mensagem à diocese, na qual explicavam que o programa de 2016/2017 iria ficar “marcado pela mudança”.

OC

CategoryIgreja, Papa

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