Foi a sugestão que o Arcipreste de Besteiros deixou à plateia, hoje, no final da sessão de apresentação da História da Diocese de Viseu, no Auditório Paroquial de Santa Comba Dão, ao início da tarde.
Fátima Eusébio, do Departamento dos Bens Culturais da Diocese e coautora da obra, fez a apresentação da História da Diocese de Viseu, obra em três volumes, produzida ao longo de seis anos de trabalho de uma equipa de 13 investigadores coordenados pelo Director da Faculdade de Letras de Coimbra, José Pedro Paiva.
A apresentadora, utilizando meios audiovisuais, mostrou a estrutura da obra e os métodos utilizados na sua produção e organização interna, que permite uma leitura sequencial de cada tema, percorrendo cada um dos volumes, que abrangem mil e quinhentos anos de história.
A reconhecida qualidade da obra mereceu o Prémio Lusitânia – História 2016 atribuído pela Academia Portuguesa de História e que será entregue a 7 de Dezembro.
Trata-se de uma obra invulgar, no contexto da historiografia religiosa nacional e até europeia, pois não é obra de um único autor, mas de uma equipa multidisciplinar, a fazer o seu trabalho em total liberdade de investigação, sem qualquer objectivo apologético.
A História da Diocese de Viseu foi elaborada com o recurso a todas as fontes disponíveis, muitas inéditas, buscando dar uma imagem real do que era o território, as condições de vida da sua população e a forma como essa mesma população vivia a sua pertença à Igreja, ao mesmo tempo que procura mostrar o modo de liderança daqueles que protagonizaram a organização e cuidado pastoral dos fiéis.
A sessão de apresentação teve a participação do Coro Magnus D’OM. Com cinco anos de existência, apresentou-se em palco com grande qualidade de interpretação e com um repertório muito agradável de ouvir, tanto clássico, como contemporâneo.
G.I.