D. Manuel Linda pede descoberta do «valor e a dignidade» de cada pessoa.
O bispo das Forças Armadas e de Segurança escreveu uma mensagem de Advento e Natal em que recorda “as implicações” de um Deus que “escolhe a condição humana” e convida “viver a misericórdia na família”.
“Neste Natal, proponho o âmbito da proximidade familiar como o difícil campo da existência a ser mais tocado pelas necessárias atitudes que nascem da fé”, escreve D. Manuel Linda.
Na mensagem divulgada pelo Ordinariato Castrense, o prelado pede aos membros das Forças Armadas e de Segurança que nos familiares e outros próximos sejam capazes de “descobrir o valor e a dignidade do ser pessoa”, e recorda que Deus chegou até às pessoas “pela via da humanidade”.
“Sugiro uma especial atenção aos mais débeis e que nos perguntemos como é que Jesus Cristo, o ‘verdadeiro homem’ agiria nas nossas situações concretas. E imploro que a ‘porta santa’ da misericórdia nunca se feche no nosso coração”, desenvolve.
Na mensagem de Advento e Natal, o bispo reflete sobre “as implicações” de um Deus que “escolhe a condição humana” e sublinha que é a Ele que se vai “buscar o exemplo da solicitude pessoal e da ternura por cada um”.
Segundo o prelado, a misericórdia volta-se e volta os elementos dessa diocese na “direção daqueles” com quem lidam que é “a única direção possível de quem é misericordioso”: “(Con)viver com os outros como quem pensa mais neles que em si próprio.”
D. Manuel Linda explica que a história da humanidade “é marcada” pela tentativa de o homem “atingir Deus” para obter os seus favores e como “sujeito da ação” pode enganar-se nesse encontro. Afinal, “o homem tomou por divindade as realidades mais estranhas: astros e plantas, animais e artefactos, ideias e totens”.
“Em Cristianismo passa-se o contrário: a nossa fé é a longa história de um Deus amoroso que não desiste da pessoa humana, mesmo quando esta lhe volta as costas”, explica o bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, na mensagem publicada online.
G.I./Ecclesia:CB/OC