Conferência Episcopal Portuguesa pede «nova cultura» para evitar calamidades como as do último verão.
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse ontem em Fátima que os bispos católicos manifestaram a sua “preocupação e disponibilidade para cooperar” na prevenção dos incêndios.
O padre Manuel Barbosa falava aos jornalistas, no final do encontro mensal do Conselho Permanente da CEP, no qual se abordaram as consequências destas “calamidades” e a necessidade de “promover uma nova cultura” na sociedade, para evitar a repetição dos problemas ligados aos fogos.
A mesma preocupação tinha sido manifestada em outubro, quando a CEP alertou para a importância de apostar na prevenção dos incêndios, na sequência dos fogos que atingiram Portugal no último verão.
“A Igreja tem uma palavra a dizer pela sua proximidade às populações, pelas suas comunidades, pela ação da Cáritas e outros organismos sociais”, apontava então o padre Manuel Barbosa, que hoje reforçou esta posição.
Entre os meses de junho e agosto, Portugal foi palco de inúmeros incêndios, alguns alegadamente com mão criminosa, que causaram a morte a pelo menos quatro pessoas e atingiram mais de 200 casas um pouco por todo o país.
O secretário da CEP adiantou, depois, que a primeira Assembleia Plenária, em abril, vai debater a ação da Pastoral Penitenciária, em particular na “fase de saída da prisão”, para reforçar o acompanhamento de uma “situação de fragilidade”.
Para o porta-voz do episcopado, o objetivo é ver como é que a Igreja Católica “pode estar mais atenta” e fazer “algo mais”, dentro da sua missão, para estar próximos de “todos os que estão mais excluídos”.
O padre Manuel Barbosa concluiu a sua intervenção com votos de que “ninguém fique de fora, no Natal e sempre”.
“Não deixemos ninguém sozinho, excluído deste acontecimento”, apelou.
G.I./Ecclesia:OC