Encontro dominical de oração marcado por reflexão sobre as bem-aventuranças.
O Papa Francisco defendeu hoje no Vaticano que as comunidades católicas devem ser locais onde se privilegie a “partilha” sobre o “ter”, numa reflexão centrada nas bem-aventuranças.
“Os pobres, neste sentido evangélico, surgem como aqueles que têm em vista a meta do Reino dos Céus, fazendo entrever que o mesmo é antecipado, em semente, na comunidade fraterna, que privilegia a partilha ao ter”, disse, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação da oração do ângelus.
Francisco apresentou a passagem evangélica das bem-aventuranças como a “carta magna” do Novo Testamento, que manifesta a “vontade de Deus” de conduzir a humanidade à felicidade.
“Não é um mecanismo automático, mas um caminho de vida no seguimento do Senhor, pelo qual a realidade da dificuldade e da aflição é vista numa perspetiva nova e experimentada segundo a conversão que é levada a cabo”, precisou.
O Papa falou em particular da bem-aventurança que fala nos “pobres em espírito”, ou seja, os que “assumiram os sentimentos e a atitude dos pobres que, na sua condição, não se rebelam”.
“O pobre em espírito é o cristão que não confia em si mesmo, nas suas riquezas materiais, não se obstina nas suas opiniões pessoas, mas escuta com respeito e segue respeitosamente as decisões de outros”, assinalou.
A tradicional catequese dos domingos concluiu-se com uma oração à Virgem Maria, para que ajude os católicos a “abandonar-se a Deus, rico de misericórdia”.
G.I./Ecclesia:OC