Papa Francisco lembra «grito» do sangue dos inocentes.
O Papa Francisco criticou hoje no Vaticano os “poderosos” da terra que bombardeiam e matam crianças em nome de interesses particulares.
“Muitos poderosos da terra podem dizer isto: ‘a mim interessa-me este território, este pedação de terra, o outro… se uma bomba cai e mata 200 crianças, bem, não é culpa minha, é culpa da bomba’”, lamentou, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
Francisco sustentou que a violência começa com o “sentimento” de estar afastado do outro, levando à “guerra que mata”.
“Este é o processo do sangue e hoje o sangue de tantas pessoas no mundo clama a Deus, desde a terra”, acrescentou.
O Papa ofereceu a celebração pelo padre Adolfo Nicolás, prepósito-geral da Companhia de Jesus de 2008 a 2016, que esta quarta-feira regressa ao Oriente.
“Que o Senhor retribua todo o bem feito e o acompanhe na nova missão. Obrigado, padre Nicolás”, disse.
Na Missa concelebraram com o Papa alguns novos párocos, a quem o pontífice pediu que pensem em “todos os que no mundo são tratados como coisas e não como irmãos, porque é mais importante um pedaço de terra do que o elo da fraternidade”.
Entre os presentes estavam também os membros do Conselho de Cardeais, que entre hoje e quarta-feira estão reunidos com Francisco para o primeiro encontro deste organismo consultivo em 2017.
G.I./Ecclesia:OC