Referências surgiram no primeiro mês de pontificado.
O Papa Francisco, que esta segunda-feira completa quatro anos de pontificado, vai visitar o Santuário de Fátima dentro de dois meses, numa viagem que tem como lema ‘Com Maria peregrino na esperança e na paz’.
A convite do presidente da República e dos bispos portugueses, por ocasião do Centenário das Aparições, Francisco vai assim tornar-se o quarto Papa a visitar a Cova da Iria, num ano particularmente simbólico.
As aparições na Cova da Iria têm sido uma referência de intervenções e gestos do Papa: Francisco pediu aos bispos portugueses que consagrassem o seu pontificado a Nossa Senhora de Fátima, o que aconteceu em 13 de maio de 2013, dois meses após a eleição do sucessor de Bento XVI.
Antes, a 17 de março, quando presidiu pela primeira vez à recitação do ângelus, o Papa sublinhou a “misericórdia” de Deus evocando uma passagem da imagem da Senhora de Fátima pela capital da Argentina.
O pontífice argentino recordou então uma visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima a Buenos Aires, em 1992.
O Santuário de Fátima recordou também o acolhimento dedicado pelo então arcebispo de Buenos Aires, D. Jorge Mario Bergoglio, noutra vista da imagem peregrina de Fátima, em 1998.
A 12 de outubro de 2013, o Papa Francisco recebeu solenemente no Vaticano a imagem original de Nossa Senhora de Fátima, venerada na Capelinha das Aparições, tendo depositado um rosário a seus pés, como oferta pessoal.
A inédita deslocação da imagem, que pela primeira vez esteve fora da Cova da Iria numa peregrinação internacional aniversária, foi um pedido expresso de Bento XVI, Papa emérito, repetido por Francisco, integrando-se na Jornada Mariana do Ano da Fé.
Nos anos seguintes, o Papa recordou por diversas vezes a memória das aparições de Fátima, como aconteceu a 13 de maio de 2015, junto de uma imagem de Nossa Senhora, convidando os católicos a manter viva esta devoção.
“Neste dia de Nossa Senhora de Fátima, convido-vos a multiplicar os gestos diários de veneração e imitação da Mãe de Deus. Confiai-Lhe tudo o que sois, tudo o que tendes; e assim conseguireis ser um instrumento da misericórdia e ternura de Deus para os vossos familiares, vizinhos e amigos”, afirmou, durante a audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro.
Já em 2016, o Papa evocou no dia 11 de maio as aparições marianas na Cova da Iria.
“Nesta aparição, Maria convida-nos mais uma vez à oração, à penitência e à conversão”, disse, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
Francisco evocou alguns dos conteúdos centrais das aparições aos três videntes, os Beatos Francisco e Jacinta e a irmã Lúcia, que tiveram lugar na Cova da Iria entre maio e outubro de 1917.
“[A Virgem Maria] pede-nos para não ofendermos mais a Deus; adverte toda a humanidade sobre a necessidade de abandonar-se a Deus, fonte de amor e de misericórdia”, assinalou.
Na saudação aos peregrinos polacos presentes no Vaticano, o Papa lembrou também a figura de São João Paulo II, “grande devoto de Nossa Senhora de Fátima”.
No último dia 22 de fevereiro, Francisco recordou o Centenário das Aparições.
“Confiemo-nos a Maria, mãe da esperança, que nos convida a virar o olhar para a salvação, para um mundo novo e uma nova humanidade”, pediu aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
As intervenções vão estar hoje em destaque na emissão do Programa «70×7», na RTP2, a partir das 13h40.
G.I./Ecclesia:OC