Prosseguiu hoje a Semana Bíblica, com o Pe. Nuno Tavares, do Patriarcado de Lisboa a falar da “metamorfose” que os discípulos de Jesus sofreram, depois da experiência da Ressurreição.
Traçando o “perfil” humano que se reflecte nas atitudes e gestos relatados nos textos dos Evangelhos, verifica-se que os discípulos foram “buscados” por Jesus entre gente rude, simples, ou até pouco conceituados.
Mesmo depois de terem acompanhado Jesus durante a Sua vida pública, ouvindo ensinamentos e presenciando milagres, chegada a “hora da verdade”, atraiçoaram ou negaram Jesus, ou fugiram, diante da possibilidade de serem presos, como Ele.
Como se compreende que os mesmos homens, tão “frágeis” se transformem em apóstolos que testemunham, até ao martírio, a Ressurreição de Jesus e vivem de um modo “outro”?
A “metamorfose” acontece por causa do Espírito, que veio e lhes fez compreender a Verdade, que os libertou da “fragilidade” humana e os fez “outros”.
Esta sessão de hoje veio na sequência da de ontem, protagonizada pelo Pe. Rui Santiago, que apresentou as “gentes de Jesus, agentes do Reino”, face aos “desafios apostólicos que Jesus faz aos seus discípulos”.
E os discípulos de hoje são “da mesma massa” dos discípulos que conviveram com Jesus, antes da Ressurreição. É o mesmo testemunho que é pedido aos discípulos de hoje, só possível com a mesma abertura ao Espírito, para que as “decisões” sejam “inspiradas” por Ele e não suportadas pelas nossas convicções, ou nascidas das nossos impulsos.
Amanhã, Paulo Rocha, jornalista da Agência Ecclesia, falará dos “novos ambientes da Palavra” no processo de comunicação de proximidade.
G.I.