Estabelecimento serviu de centro de tortura e detenção de judeus na época da ocupação nazi.
O Papa visitou hoje os reclusos do Estabelecimento Prisional de São Vitor, o maior centro de detenção da cidade de Milão, numa iniciativa inserida na visita que efetuou à arquidiocese local.
De acordo com a Rádio Vaticano, durante a iniciativa, Francisco “percorreu os diversos setores da prisão”, incluindo um “pavilhão onde se encontram as mulheres detidas com filhos pequenos”.
O Papa argentino almoçou com cerca de 100 detidos, de “diversas nacionalidades e religiões, que aguardam sentença definitiva”, incluindo “algumas reclusas latino americanas” e disse “sentir-se em casa”.
A ementa da refeição, constituída por “pratos típicos da cozinha milanesa, como risoto e chuleta empanada acompanhada de batatas e sobremesa”, foi toda confecionada por um grupo de detidas atualmente a frequentarem uma formação na área da culinária, intitulada ‘Escola Livre de Cozinha’.
Ao longo do almoço, um representante dos presos dirigiu algumas palavras ao Papa, pedindo-lhe para “rezar por eles para que os seus erros possam ser perdoados” e para que “as pessoas não olhem para eles com desprezo”
Francisco dialogou também “com os voluntários que trabalham no local”, que ao todo alberga cerca de 900 presos.
Ests visita à prisão de São Vitor foi considerada um momento histórico para a cidade de Milão, uma vez que foi a primeira vez que um Papa entrou naquele espaço, que durante a Segunda Guerra Mundial e a ocupação nazi foi utilizado como centro de tortura e detenção de judeus.
Os prisioneiros do regime de Hitler eram colocados ali antes de serem deportados para o campo de concentração de Auschwitz, na Polónia.
G.I./Ecclesia:JCP