Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

A exposição itinerante Os Rostos de Cristo, promovida pelo Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu, vai estar patente ao público na Casa da Cultura de Sátão, entre 1 e 30 de abril de 2017. 

Apresenta como elemento diferenciador o facto de se circunscrever a figurações de Cristo. Esta focalização na imagem de Cristo não corporiza uma explanação repetitiva e restritiva das perspectivas de interpretação, antes nos reporta para distintas circunstâncias e sentires de Cristo, numa abertura à compreensão ao seu sofrimento, tendo como referência a Palavra bíblica. A observação das peças expostas, complementada pela respectiva identificação,  potenciam a interacção com o observador, integrando-o numa abordagem não circunscrita à componente estética, mas também revestida de conteúdos reveladores do caminho e da aproximação a Deus. 

 Integra um conjunto de fotografias da autoria de Jorge Adolfo Marques. Tomando como referência o Rosto de Cristo, este fotógrafo procurou captar através da fotografia diferentes expressões e mensagens incorporadas em obras de pintura e escultura com a representação de Cristo. Os títulos de cada fotografia contextualizam os diferentes momentos da Paixão de Cristo e integram o observador na compreensão da entrega e da aceitação do Filho em face da vontade do Pai: Eis o Homem, Caminho, Perdoai-lhe, Espiritualidade, Expirou, Consumado, Repouso, Soledade, Dolorosa e Bom Pastor. 

As esculturas do Senhor dos Paços, de Cristo Morto e do Ecce Homo são representativas das imagens utilizadas nas celebrações da Paixão, ressaltando-se o sofrimento de Cristo e remetendo-nos para a genuína humanidade de Cristo, cuja confiança no Pai não anula a dor. Porém, mais do que a representação explícita da dor física que estava a sofrer, expõe-se a sua tristeza e angústia pelos pecados dos homens, que continuam a duvidar, que não se arrependem nem acolhem a verdadeira conversão.

As interpretações da imagem de Cristo no contexto da linguagem artística contemporânea estão explanadas através de uma obra do artista plástico viseense Paulo Medeiros. Na primeira linha da exposição o crucifixo de madeira e a pintura colocam-nos perante duas representações plásticas muito distintas, mas com o mesmo conteúdo discursivo: em ambas a imagem de Cristo, em sofrimento, se encontra suspensa na cruz; na peça do século XIX, a base é constituída por um enquadramento urbano, no seio do qual se visualizam uma caveira e uma tíbia, remetendo-nos para a morte física e para a efemeridade da vida terrena, à qual se opõe a vida eterna proposta pelo Salvador do Mundo; na pintura contemporânea a tonalidade amarela coloca-nos perante a luz da vida que emana da cruz e que se sobrepõe à morte, simbolicamente representada pela cor vermelha, alusiva ao sangue, que se vislumbra no canto inferior esquerdo. 

 A exposição poderá ser visitada na Casa da Cultura de Sátão, no seguinte horário: de terça a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00; aos sábados entre as 14h00 e as 17h00. 

G.I./J.B.:DBCDV

 

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