Papa Francisco associou-se a campanha pela paz nos EUA por ocasião dos 49 anos da morte de Martin Luther King.
O Papa Francisco associou-se a uma campanha contra a violência, da Arquidiocese de Chicago, nos Estados Unidos da América, por ocasião do 49.º aniversário da morte de Martin Luther King.
Numa carta enviada ao arcebispo de Chicago, o cardeal Blasé J. Cupich, o Papa argentino cita a figura de Martin Luther King, imortalizada pelo seu empenho a favor dos direitos humanos e civis da comunidade negra nos EUA, e contra o racismo e a discriminação.
“A humanidade tem de evoluir para uma era onde os conflitos sejam resolvidos sem recurso à vingança, à agressão e à retaliação. A base deste método é o amor”, lembrou Francisco.
De acordo com a mesma mensagem, publicada hoje pela Rádio Vaticano, o Papa incentivou todas as pessoas “a atualizar as palavras proféticas de Luther King”, com a certeza de que “a cultura da não-violência não é um sonho inatingível, mas um caminho que já produziu frutos decisivos”.
“Seguir a via da paz nem sempre é fácil, mas é a única resposta autêntica à violência”, salientou.
A campanha contra a violência, da Arquidiocese de Chicago, termina na Semana Santa da Páscoa, mais concretamente na Sexta-feira Santa, dia 14 de abril, com uma marcha pela paz.
Na sua missiva, Francisco realça a proximidade na oração com a “bela cidade” de Chicago, e faz votos de que esta “nunca perca a esperança” mas “trabalhe em conjunto na construção da paz, mostrando às futuras gerações o verdadeiro poder do amor”.
O Papa recordou todos quantos naquela região “perderam entes queridos devido a atos de violência” e exortou as pessoas a rejeitarem toda e qualquer forma de exclusão, baseada em “fatores étnicos, económicos e sociais”.
“Temos de rejeitar esta exclusão e marginalização, e não olhar para determinado grupo como ‘os outros’, mas sim como nossos irmãos e irmãs. Esta abertura de coração e de mente tem de ser ensinada em cada casa e escola”, completou.
Martin Luther King morreu a 4 de abril de 1968, aos 39 anos de idade, em Memphis, no Tennessee, vítima de assassinato no hotel onde estava hospedado.
Em 1964, o ativista negro tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Prémio Nobel da Paz.
G.I./Ecclesia:JCP