Iniciativa decorre entre 30 de abril e 07 de maio.
A Igreja Católica promove, a partir de domingo, Semana de Oração pelas Vocações, que em 2017 tem como tema “Queres dar-te a Deus?”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Virgílio Antunes, que assumiu até este ano o setor pastoral das Vocações e Ministérios em Portugal, admitiu a dificuldade da Igreja Católica em chegar aos jovens e a necessidade de “novas linguagens”, de “novas formas” de comunicar com os mais novos.
“Retomar” o dinamismo da Igreja Católica em Portugal, “concretamente no que à juventude diz respeito”, é um dos grandes desafios que se colocam nesta altura.
“Temos muitos sinais positivos de que a juventude está numa fase de busca, de busca de Deus, de busca de valores” mas ao mesmo tempo ela “tem muita dificuldade em fazer essa busca dentro da estrutura eclesial”, frisa o bispo de Coimbra, que vai passar a pasta das Vocações e Ministérios a D. António Augusto Azevedo, bispo auxiliar do Porto.
D. Virgílio Antunes alerta ainda para a importância de um acompanhamento mais próximo dos jovens, já que muitas vezes a pastoral católica esquecia o nível “pessoal” e se concentrava nas “comunidades mais alargadas”.
Também na promoção de um trabalho mais intergeracional, com lugar à participação dos “mais velhos”, e na busca de “novas linguagens”, de “novas formas” de comunicar com os jovens.
“Precisamos de estar atentos à evolução da sociedade e da própria Igreja, à cultura dos jovens e dos adultos, para podermos enquanto Igreja que evangeliza e que está próxima, ter as formas e os meios, as linguagens, as metodologias adequadas para este acompanhamento”, conclui D. Virgílio Antunes.
Os materiais para a vivência da Semana de Oração pelas Vocações, que decorre entre 30 de abril e 7 de maio, estão disponíveis na página online do Setor de Animação Vocacional do Patriarcado de Lisboa.
Na sua mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que vai ser assinalado a 7 de maio, o Papa Francisco destaca a importância da Igreja Católica “voltar a encontrar o ardor do anúncio e propor” o seguimento de Cristo, sobretudo aos jovens.
O Papa salienta que “o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé”.
“A relação com o Senhor implica ser enviados ao mundo”, refere Francisco, que lembra ainda que “todos os cristãos” são chamados a estar envolvidos na dinamização das vocações no mundo, algo que “vale de forma particular” para as pessoas chamadas a uma “especial consagração e também para os sacerdotes”.
G.I./Ecclesia:JCP