Ator e encenador é distinguido pelo «concerto das artes verbais, musicais e cénicas».
O ator e encenador Luís Miguel Cintra disse à Agência ECCLESIA que receber o Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes, da Igreja Católica, é como receber “um abraço”.
“É como se a Igreja me desse um abraço! Isso é agradável porque tenho nostalgia de uma Igreja diferente”, disse o premiado com o galardão atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura em 2017.
De acordo com ata da reunião do Júri do Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes 2017, Luís Miguel Cintra é distinguido pelos “méritos extraordinários da carreira do encenador, ator, ensaísta e tradutor de literatura dramática”.
A decisão do júri “sublinha a intervenção de Luís Miguel Cintra no concerto das artes verbais, musicais e cénicas, dentro de um contexto de extensa e fecunda intervenção no debate de ideias e de questões ético-sociais no espaço público”.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o ator e encenador afirmou que “os prémios são muito diferentes uns dos outros”, referindo que “o prémio da Igreja está ligado a coisas essenciais”.
Entre outros prémios, Luís Miguel Cintra foi distinguido pelo presidente da República em 1998, recebeu o Prémio Pessoa em 2005, o Prémio Sociedade Portuguesa de Autores em 2012, Globos de Ouro por quatro ocasiões.
“Não tem nada a ver receber um ‘Globo de Ouro’ ou receber o prémio da Igreja, ou mesmo o ‘Prémio Pessoa’, referiu o ator e encenador, afirmando que não espera “muitas consequências práticas” do Prémio Árvore da Vida.
“Que a Igreja não se zangue com coisas que eu diga, antes pelo contrário, dá-me gosto”, afirmou.
Para Luís Miguel Cintra, a Igreja Católica deve ser o “mais fraterno, mais simples, mais generoso que se possa imaginar”.
“Isso representa para mim a ideia de Igreja. E tenho essa nostalgia”, concluiu Luís Miguel Cintra.
O ator e encenador recebe o Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes este sábado, no encerramento da Jornada da Pastoral da Cultura, em Fátima.
A entrevista a Luís Miguel Cintra está publicada na mais recente edição do Semanário Ecclesia e vai ser emitida no programa 70×7 deste domingo (às 13h30, na RTP2)
G.I./Ecclesia:PR