Crise no país sul-americano em debate no Vaticano.
O Papa Francisco recebeu, na terça-feira, no Vaticano, a presidência da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), a pedido desta, num encontro privado.
A Rádio Vaticano assinala que a audiência decorre num “momento delicado” para o povo venezuelano, afetado por “uma grave crise humana, política e económica”, sem adiantar mais detalhes da mesma.
A crise no país sul-americano, a braços com uma onda de protestos contra a presidência de Nicolás Maduro que já provocaram mais de 60 mortes, tem motivado vários apelos do episcopado católico pelo fim da repressão das manifestações, a paz e o respeito pelos direitos humanos.
A 6 de maio, a CEV divulgou uma carta do Papa na qual Francisco manifesta “grande preocupação” com a situação do país, a braços com uma crise política e económica.
A missiva sublinha que é possível superar os problemas com “vontade de estabelecer pontes, de dialogar seriamente e de cumprir os acordos alcançados”.
A Cáritas Portuguesa informou que vai “responder positivamente” ao apelo de ajuda que chegou da sua congénere na Venezuela, “da forma mais célere que lhe for possível”.
A organização católica quer assegurar “os canais fiáveis que garantam que a solidariedade dos portugueses chegue aos seus legítimos destinatários espalhados pela Venezuela, em particular à comunidade portuguesa”.
“Para agilizar este apoio, estão a ser estabelecidos contactos com as autoridades portuguesas, nomeadamente, a Secretaria de Estado das Comunidades”, acrescenta um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
A Cáritas adianta que “logo que estejam garantidas as condições de segurança” darão conta aos portugueses das iniciativas de solidariedade que se vão realizar.
A crise na Venezuela já tinha sido objeto de uma nota oficial, a 24 de maio, altura em que a Cáritas Portuguesa deixou alertas para o aumento do número de “crianças com fome e de doentes sem acesso a medicamentos”.
G.I./Ecclesia:OC