Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Esperavam-se 15 mil pessoas, oriundas de vários pontos do país, no domingo, 11 de junho, no Santuário de Nosso Senhor dos Caminhos, em Rãs, concelho de Sátão. É reconhecida como a maior Romaria da Diocese de Viseu e uma das maiores romarias da Beira Alta ao lado de Nossa Senhora dos Remédios (Lamego) e de Nossa Senhora da Lapa (Sernancelhe).
“Não há uma data exata sobre o seu início. Há uma lenda que está por detrás da festa, sobre um fidalgo que teria uma grande quinta na zona e dava abrigo aos peregrinos que iam para a Senhora da Lapa (Sernancelhe) e para Santiago de Compostela. O fidalgo terá aparecido morto, sendo erguido um pequeno nicho em sua honra chamado de Senhor dos Caminhos que acolhia peregrinos”, conta o Padre António José Rodrigues, responsável pela Paróquia de Romãs. Daí para cá, “teve um fenómeno de crescimento extraordinário de fé até aos nossos dias” e hoje “a romaria faz parte dos roteiros turísticos”, sendo que “vêm autocarros de todo o lado”.
Na verdade o Santuário de Nosso Senhor dos Caminhos destaca-se por ser “um dos lugares mais significativos da Diocese”, sublinha o pároco, e é apresentado em termos antropológicos como uma rota que vinha de Viseu, localizando-se numa zona geográfica que seria um ponto de passagem dos peregrinos tanto para Santiago de Compostela como para a Lapa. Os anos passam e a Romaria mantém a tradição do culto da fé a Jesus Crucificado.
No domingo da Santíssima Trindade, os milhares de peregrinos vão-se juntando para a Procissão que começa na aldeia de Rãs, às 12h30, e percorre pouco mais de um quilómetro até ao Santuário. “A procissão é como que um cartão-de-visita da festa”, destaca o Padre António José Rodrigues. “Imponente” e “majestosa” como a caraterizam os romeiros, representa a vida de Jesus Cristo desde a anunciação até à morte. Uma vez chegada ao Santuário, o Cortejo dá lugar à celebração campal da solene Eucaristia, acompanhada por “um mar de gente” que enche o recinto, num gesto de fé e recolhimento.
A vertente religiosa do evento termina com a Eucaristia, mas a romaria prolonga-se por todo o dia. Em paralelo, decorre desde cedo a tradicional feira anual que assinala o lado mais pagão da festa. “A existência de uma certa promiscuidade entre o religioso e o profano, que perturbava a Romaria, levou à decisão de realizar a feira um pouco mais acima do Santuário para que não perturbasse” a prática religiosa, indica o Padre António José Rodrigues.

G.I./J.B.:EA

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