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Papa Francisco recordou todos os que perderam pessoas nas manifestações de protesto.
O Papa Francisco apelou hoje no Vaticano ao fim da violência na Venezuela, defendendo uma saída “pacífica e democrática” para a atual crise política no país sul-americano.
“Faço um apelo para que se coloque um ponto final na violência e se encontre uma solução pacífica e democrática para a crise”, disse, desde a janela do apartamento pontifício.
Francisco recordou que a 5 de julho se celebra a festa da independência da Venezuela; mais de 70 pessoas morreram, desde abril, na sequência de protestos anti e pró-governamentais.
“Asseguro a minha oração por esta querida nação e manifesto a minha proximidade às famílias que perderam os seus filhos nas manifestações públicas”, sublinhou o Papa, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.
“Que Nossa Senhora de Coromoto interceda pela Venezuela”, concluiu, convidando os presentes a rezar uma Ave-Maria por esta intenção.
Em finais de 2016, o Governo e a oposição na Venezuela encontraram-se para conversações mediadas pela Igreja Católica, com o empenho particular do Papa Francisco, mas a situação política e social do país degenerou deste então.
O arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa Savino, disse na última quinta-feira que o presidente Nicolás Maduro está a promover uma “guerra contra o povo”, ao procurar implementar “um sistema totalitário marxista e, agora, também militar, militarista”.
Após a última Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que decorreu no México, o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, D. Bernardito Auza, apelou a uma “negociação séria e sincera” entre governo e oposição, na Venezuela.
“Em diversas ocasiões, desde o início da crise, o Papa Francisco, o secretário de Estado Pietro Parolin e a Conferência Episcopal Venezuelana pediram às instituições e às forças políticas – superando interesses particulares e ideologias – para ouvirem a voz do povo”, recordou este responsável.
A Santa Sé considera que a Assembleia Constituinte promovida pelo governo venezuelano coloca em risco a democracia neste país.
A Venezuela é um dos três países da América Latina que continua fora da rota das viagens internacionais do Papa Francisco, que em setembro vai visitar a Colômbia e em janeiro de 2018 se desloca ao Chile e ao Peru.
G.I./Ecclesia:OC

CategoryIgreja, Papa, Pastoral

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