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O lema da minha ordenação foi “A minha alma glorifica o Senhor…”

Foi a frase que escolhi como lema no início da minha vida sacerdotal. Fui ordenado no cinquentenário das aparições de Fátima, celebrando os 50 anos de sacerdócio no centenário das mesmas. É sem dúvida uma circunstância muito importante e uma ousadia da minha parte aplicar à minha vida as palavras da Santíssima Virgem, mas sinto que, dentro das minhas limitações, apesar de tudo, Deus continua a fazer grandes coisas, e a servir-se do que não tem valor e da nossa disponibilidade. Tal como com a Virgem Maria, o Senhor olhou para a minha pequenez e, por isso, se, ao longo destes 50 anos, algo fiz de válido e positivo, não o quero atribuir a mim próprio e só lamento que nem sempre tenha tido a mesma disponibilidade da Virgem Maria, em responder generosamente aos apelos de Deus.
E hoje leio o meu lema nesta atitude de gratidão, não só em relação a Deus, mas também a todos aqueles que se foram cruzando comigo na minha vida, nomeadamente a minha família, os seminários, os meus colegas sacerdotes, os meus muitos alunos e os meus paroquianos. A todos devo uma palavra de muita gratidão. Bem hajam e que o Senhor a todos abençoe e recompense pela ajuda que me foram dando.
Nestes 50 anos de sacerdócio olho para a Igreja e sinto que, mau grado as suas muitas limitações e pecados, há um desejo de ser portadora dessa Luz que é Jesus (Lumen gentium) para todos os povos e de estar cada vez mais ao serviço de todos, particularmente dos mais marginalizados.
Sempre, mas sobretudo depois do Concílio Vaticano II, o sopro renovador do Espírito Santo tem-se tornado cada vez mais forte e a fidelidade às orientações dele emanadas é, sem dúvida, a grande fonte de renovação da Igreja que todos desejamos.
Hoje, sentir-me chamado é tomar cada vez mais consciência de que Deus quer continuar a servir-se de nós para realizar a sua obra e tudo fazer para que Cristo seja de facto a Luz de todos os povos.
Pede-me um episódio que me tenha marcado, nestes anos. Para ser sincero, não encontro na minha vida nenhum episódio ou facto especial que me tenha marcado particularmente. Neste momento olho com grande admiração e estima para os últimos papas e vejo-os como um estímulo a seguir o seu exemplo. São marcos importantes e apelos a vivermos como eles ao serviço do Povo de Deus.
Para os próximo anos, sinto-me empenhado em continuar a dar o meu melhor, consciente das limitações que a idade não perdoa.

G.I./J.B.

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