Semana especial para jovens vai incluir a apresentação de um filme sobre a vida do fundador daquela comunidade ecuménica
A Comunidade Ecuménica de Taizé está a assinalar os 12 anos da morte do seu fundador, o irmão Roger Schutz, e destaca a vitalidade que este projeto de fraternidade e união entre os povos continua a demonstrar atualmente.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Comunidade Ecuménica de Taizé realça “o aumento de participantes nos encontros internacionais”, vindos de países como “a Alemanha (21 200 participantes), França (9100), Portugal (3500), Espanha (2600), Itália (2400), Países Baixos (2200), Suíça (1800) e Suécia (1500)”.
Realça também a grande afluência de jovens à “colina de Taizé”, com a média nesta época estival a rondar os “2500 e 4000 visitantes”.
“Principalmente jovens dos 15 aos 25 anos, sucedem-se a cada domingo e permanecem uma semana junto da Comunidade”, pode ler-se.
Para 20 de agosto está marcado o início de uma “semana especial para jovens dos 18 aos 35 anos” que conta já com “2000 inscritos”.
O programa desta atividade, destinada a “jovens estudantes, jovens profissionais, voluntários ou à procura de trabalho”, inclui a visualização de um filme sobre o fundador da Comunidade de Taizé, intitulado “Momentos da vida do Irmão Roger Schutz”.
Este evento vai ter ainda em destaque “uma festa dos povos e cerca de sessenta ateliês” centrados em temáticas como “a cooperação em vez da competição”, “comércio justo e empreendedorismo social” e “como reagir à violência que ameaça as nossas sociedades?”.
Roger Schutz nasceu na Suíça em 1915, e quando tinha 25 anos decidiu rumar até França, país natal da sua mãe, e ficar na pequena aldeia de Taizé, situada a cerca de 360 quilómetros de Paris.
No meio de uma nação invadida e dividida, em plena II Guerra Mundial, este jovem pastor protestante suíço sentiu-se chamado a acolher os mais carenciados e a procurar a reconciliação entre as pessoas, a começar pelos cristãos.
Nasceu assim a 20 de agosto de 1940, a comunidade de Taizé, que começou por acolher perseguidos políticos, judeus e mais tarde prisioneiros alemães.
Vinte anos depois, tendo já como centro de toda a vida comunitária a igreja da Reconciliação, “Taizé já era conhecida em toda a Europa como lugar para onde se ia a fim de se encontrar e rezar, juntamente com os irmãos religiosos que já ali tinham chegado, inicialmente e por longos anos todos protestantes.
Atualmente, a comunidade ecuménica de Taizé é constituída por cerca de 100 irmãos das várias igrejas cristãs, incluindo a católica.
Para todos, o irmão Roger escreveu uma regra, inspirada na tradição beneditina e inaciana.
Roger Schutz foi assassinado a 16 de agosto de 2005 durante uma celebração na igreja da Reconciliação, por uma mulher romena com perturbações mentais.
Na sua última carta, que não conseguiu acabar, Roger Schutz frisava a importância da comunidade ecuménica continuar hoje a ajudar a família humana a dar largas ao amor que Deus sente por todas as pessoas.
G.I./Ecclesia: JCP