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Sacerdote jesuíta destaca descanso como terapia

O padre Manuel Morujão, da Companhia de Jesus, diz que as férias são um “serviço social” pois dão equilíbrio a um mundo cada vez mais acelerado, e destaca a importância de dar tempo à relação interior e com os outros.

Numa entrevista que vai poder ser acompanhada este domingo, no Programa ECCLESIA na Antena 1, o sacerdote jesuíta realça que descansar bem não significa entregarmo-nos “à indolência, à preguiça ou ociosidade”, no entanto hoje assistimos ao oposto, “que é a trabalhite, a doença do trabalho”.

“No ritmo veloz em que vivemos, se houvesse uma polícia das velocidades interiores acho que já tínhamos perdido todos os pontos e tínhamos de fazer o exame outra vez”, brinca o padre Manuel Morujão.

Então qual a receita para umas boas férias? Recentemente, o sacerdote abordou esta temática num artigo de jornal intitulado “Ferioterapia”.

E de forma linear, umas boas férias devem ser isso mesmo, momentos de terapia interior e exterior que contribuam para “quebrar o ritmo”, para “fazer outra coisa que não o estrito obrigatório, que está na agenda”, que revigorem a pessoa e a preparem para voltar depois à ação.

“A qualidade do trabalho deve ser proporcional à qualidade do descanso”, realça o padre Manuel Morujão, que nas suas férias ideais encontra espaço para as atividades físicas, para a reflexão e oração e para o tempo com os outros.

“Nós descansamos mais ao dar do que ao receber. As férias são uma experiência de gratuidade, seja em convívio com pessoas da família, seja a visitar um lar de terceira idade, seja o estar com alguém que me pediu um favor, tudo isso são experiências descansativas”, exemplifica.

Nas suas férias, o antigo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa “gosta de ir até à praia, gosta de ler” mas realça também a importância do “voluntariado”.

“Ouvir alguém que quer conversar, às vezes gestos tão simples e perto de nós, as verdadeiras férias também estão em dar férias aos outros, tempo aos outros que precisam”, nem que para isso sejamos “voluntários na própria casa”, sugere o mesmo responsável.

Sobre a dimensão mais espiritual das férias, que muitas pessoas não têm em conta, o padre Manuel Morujão frisa que “a experiência de oração, as férias com Deus”, por exemplo em encontros e retiros, em momentos de paragem, pode ser uma ótima forma de descansar.

“As exigências de Deus não são cansativas, são exigências para uma paz mais profunda”, conclui o sacerdote, numa entrevista que poderá ser acompanhada este domingo de manhã, a partir das 6h00, através da emissão do Programa ECCLESIA na Antena1.

G.I./Ecclesia:HM/JCP

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