Construção da obra está prevista para 2018 e traz pela primeira vez para Portugal este ramo da Ordem Cisterciense.
A Diocese de Bragança-Miranda oficializou hoje a chegada à região de uma comunidade de monjas trapistas, da Ordem Cisterciense da Estrita Observância, ligada ao Mosteiro de Vitorchiano, em Itália.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a diocese transmontana destaca “um momento e um marco únicos” para a comunidade local e para a Igreja Católica no país.
A nota realça ainda uma ordem religiosa marcada pelo “estilo de vida contemplativo”, de clausura, pela “oração” e pela “paz”, que assim “testemunha à sociedade e a toda a Igreja, os valores autênticos da vida”, daquilo “que a torna melhor e mais bela, na relação com Deus, com o outro, na partilha humana, como por exemplo no trabalho”.
A apresentação do projeto esteve a cargo do bispo de Bragança-Miranda que, esta manhã, em conferência de imprensa, adiantou os pormenores acerca do acolhimento às irmãs trapistas.
D. José Cordeiro disse aos jornalistas que a proposta “nasceu há mais de um ano”, estudando diversas propostas para continuar a “tradição beneditina” no território transmontano.
“Para nós, este momento reveste-se de grande importância, o voltarmos a ter um mosteiro beneditino, 472 anos do encerramento do mosteiro de Castro de Avelãs”, assinala.
O bispo de Bragança-Miranda destaca a importância cultural desta iniciativa, esperando que a presença das monjas contribua para dar “centralidade ao Interior”, até com “uma nova rota de turismo”, com o previsível aumento de visitantes, atraídos pela “espiritualidade trapista”.
O responsável fala num “pequeno milagre”, explicando que foi possível encontrar 25 famílias que prestassem apoio a este projeto, que se liga também ao Centenário das Aparições de Fátima, até pelo nome escolhido.
O mosteiro desta comunidade contemplativa vai ser construído na localidade de Palaçoulo, em Miranda do Douro, e terá como nome “Mosteiro Trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja”.
A fundação desta estrutura, que terá capacidade para acolher cerca de 40 pessoas, ficou aprovada no dia 21 de setembro deste ano, na sequência de um capítulo geral da Ordem Cisterciense da Estrita Observância, que decorreu na localidade italiana de Assis.
Antes disso, decorreram também vários contactos entre D. José Cordeiro, a Madre Abadessa do Mosteiro de Vitorchiano (Itália) – irmã Rosaria Spreafico que também esteve presente na apresentação desta quarta-feira – e o padre António Ferreira Pires, pároco de São Miguel de Palaçoulo.
A monja disse aos jornalistas que na base da decisão estiveram “sinais de Deus” e que a diocese transmontana foi escolhida entre “várias opções”, a partir do convite de D. José Cordeiro.
A irmã Rosaria Spreafico deixou ainda uma palavra de “gratidão” às entidades envolvidas no acolhimento e manifestou o desejo de ter monjas portuguesas, no futuro.
“Uma pessoa que bate à porta de um mosteiro, de um convento, está no início de um caminho”, sublinhou.
O início da construção do mosteiro está previsto para 2018, em terrenos doados pela Paróquia de São Miguel de Palaçoulo, em colaboração com a comunidade e a junta de freguesia local.
A obra será inteiramente suportada pelos fundos próprios da Ordem Cisterciense da Estrita Observância, que conta já com centenas de mosteiros em todo o mundo.
A Ordem Cirterciense da Estrita Observância, também conhecida como Trapista devido à sua origem estar na região francesa de La Trappe, é uma ordem religiosa católica contemplativa composta por mosteiros de monjes e mosteiros de monjas.
Esta congregação faz parte da família alargada Cirterciense fundada em 1098, e vive de acordo com a regra de S. Bento, fazendo assim parte também da família beneditina.
As monjas trapistas dedicam a sua vida à busca da união com Deus, através da oração, da vida em comunidade e do trabalho.
A Diocese de Bragança-Miranda tem São Bento como padroeiro.
G.I./Ecclesia:LFS/JCP/OC
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