Organizações assinalam em Lisboa celebração instituída pelo Papa Francisco, com apoio das personalidades públicas.
O bispo emérito de Beja, D. António Vitalino, apelou hoje em Lisboa a um compromisso comum pelos pobres e de luta pela “justiça social”.
“Lembremos aos poderosos deste mundo que façam uma política global de solidariedade, sobretudo a partir dos mais pobres, pensando na casa comum, no planeta terra”, disse o vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, na homilia da Missa que assinalou a celebração do I Dia Mundial dos Pobres, na igreja de São Roque.
A Eucaristia reuniu representantes e pessoas apoiadas por organizações católicas de solidariedade, bem como figuras da sociedade portuguesa que se quiseram associar à iniciativa, como o selecionador nacional, Fernando Santos.
O bispo emérito de Beja convidou os participantes a alterar “estilos de vida”, para que todos sejam “mais sóbrios e solidários”.
“Não abandonemos a esperança, a justiça, o amor aos mais necessitados”, apelou D. António Vitalino, que assinalou ainda o encerramento da Semana dos Seminários, em Portugal.
Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, interveio no início da Missa para sublinhar a importância de promover, na Igreja e na sociedade, os ideais de “partilha, comparticipação e responsabilidade comum”.
“Estamos aqui para dizer aos nossos irmãos e irmãs mais pobres e excluídos que queremos partilhar a viagem da vida, caminhando simbolicamente com eles por algumas ruas de Lisboa, partilhando alimentos e afetos”, assinalou o responsável.
A Cáritas Portuguesa lança, nesta celebração, a sua campanha de Natal de 2017, a operação ‘10 milhões de estrelas’; parte da verba recolhida vai ajudar vítimas dos incêndios de outubro, em várias regiões do país.
Eugénio Fonseca defendeu que partilhar com os pobres permite “compreender o Evangelho na sua verdade mais profunda”.
“Que este Dia Mundial dos Pobres se torne um forte apelo à nossa consciência crente, como nos pede o Papa Francisco”, acrescentou.
Depois da Missa, os participantes são desafiados a seguir em cortejo até à Ribeira das Naus, vestindo a camisola da iniciativa ‘Partilhar a Viagem’, também associada aos mais necessitados.
Pelas 13h30, na Casa da Balança, cedida pelo Estado-maior da Marinha, decorre um almoço com todos os intervenientes e para as 15h00 está previsto o arranque da festa e animação, na Ribeira das Naus.
Na organização deste I Dia Mundial dos Pobres estão envolvidas instituições como a Casa Pia de Lisboa, o Centro Maximiliano Kolbe, a Comunidade Vida e Paz, as Irmãs Oblatas, as obras ‘O Companheiro’ e ‘O Ninho’ e a Santa Casa da Misericórdia.
Além de Fernando Santos, marcam presença nos vários eventos comemorativos os artistas Fernando Pereira e Carlos Alberto Moniz; o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho; o presidente da Comissão Nacional de Proteção das Crianças e Jovens em Risco, Armando Leandro; a provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral; e as deputadas Helena Roseta e Maria da Luz Rosinha.
G.I./Ecclesia:JCP/OC