Projeto desafia a conhecer «floresta candidata a património mundial».
A Fundação Mata do Buçaco avançou para a construção de um presépio com o contributo de reclusos do Estabelecimento Prisional de Coimbra, e madeira resultante de catástrofes naturais registadas naquela região.
De acordo com uma nota informativa enviada hoje à Agência ECCLESIA, o presépio já inaugurado junto ao Convento de Santa Cruz, na Mata Nacional do Buçaco, no Luso, pretende fomentar a visita a “esta floresta pública, candidata a Património Mundial da UNESCO”.
A organização destaca um projeto natalício “realizado por colaboradores da Fundação – alguns deles reclusos – e inspirado em grandes mestres da pintura mundial”, desde Fra Angelico a Sandro Botticelli, passando por John McKirdy Duncan, Nicola Pisano ou a portuguesa Paula Rego.
Os reclusos envolvidos “trabalham na floresta, no âmbito de um protocolo estabelecido entre a Fundação e a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais”.
“Uma serração portátil, habilidade e criatividade foram os “ingredientes” usados nesta receita natalícia”, que teve por base madeira cortada na sequência do ciclone Gong, em 2013, e da tempestade Stephanie, em 2014.
O primeiro desastre natural, há quatro anos, destruiu cerca de 40 por cento da área da Mata do Buçaco, situada na vila do Luso, Concelho da Mealhada.
Um ano depois, este pulmão de Portugal, com cerca de 105 hectares de área, sofreria um novo golpe, com a passagem da tempestade tropical Stephanie, que causou danos também em vários caminhos que atravessam a floresta.
A Mata do Buçaco, candidata a Património Mundial da UNESCO, é visitada anualmente por cerca de 200 mil pessoas.
G.I./Ecclesia:JCP