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Católicos, muçulmanos, budistas e hindus uniram-se em cerimónia pela paz.
O Papa presidiu ontem no Bangladesh a um encontro inter-religioso pela paz, no qual apelou a um esforço comum das várias comunidades contra a intolerância e a corrupção.
Francisco defendeu a necessidade de “combater o vírus da corrupção política, as ideologias religiosas destrutivas, a tentação de fechar os olhos às necessidades dos pobres, dos refugiados, das minorias perseguidas e dos mais vulneráveis”.
A cerimónia inter-religiosa pela paz decorreu nos jardins da sede da Arquidiocese de Daca, onde o pontífice chegou sentado num riquexó, saudando as centenas de pessoas presentes.
O encontro começou com cânticos e danças tradicionais, antes de saudações de representantes católicos, muçulmanos, budistas e hindus, bem como da sociedade civil.
O Papa sublinhou o desejo comum do dom de “uma paz genuína e duradoura”.
“Que o nosso encontro desta tarde seja um sinal claro dos esforços empreendidos pelos líderes e seguidores das religiões presentes neste país para viverem juntos no respeito mútuo e na boa vontade”, declarou.
Francisco elogiou o facto de o direito à liberdade religiosa ser “um princípio fundamental”, contrapondo-se a “quem procura fomentar divisão, ódio e violência em nome da religião”.
A intervenção foi uma reflexão sobre a chamada “cultura do encontro” e a abertura do coração, “mais do que simples tolerância”, que passa por promover uma atitude de “mútua confiança e compreensão, para construir uma unidade que considere a diversidade, não como ameaça, mas como potencial fonte de enriquecimento e crescimento”.
O Papa realçou a importância da abertura ao próximo para alcançar “o Absoluto”, em busca da “bondade, justiça e solidariedade”.
“Rezo para que, com a demonstração do compromisso comum dos seguidores das religiões por discernir o bem e pô-lo em prática, possamos ajudar todos os crentes a crescerem na sabedoria e na santidade e a cooperarem para construir um mundo cada vez mais humano, unido e pacífico”, acrescentou.
O discurso falou ainda da defesa do meio ambiente e evocou as vítimas do desabamento do edifício Rana Plaza, no Bangladesh, em 2013, que provocou centenas de mortos.
No final do encontro, o Papa saudou 18 refugiados rohingya, acompanhados por dois tradutores da Cáritas, que subiram ao palco.
A viagem apostólica ao Mianmar e Bangladesh, que se iniciou na segunda-feira, vai concluir-se este sábado, em Daca, após encontros entre Francisco e membros da comunidade católica na igreja do Santo Rosário, ligada à missionação portuguesa, e com os jovens.
G.I./Ecclesia:OC

CategoryIgreja, Papa, Pastoral

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