«Celebração da Eucaristia dominical dá sentido a toda a semana», defende Francisco.
O Papa Francisco sublinhou hoje no Vaticano a importância do descanso semanal e da celebração cristã do domingo, numa reflexão apresentada na audiência pública desta quarta-feira.
“Foi o sentido cristão de viver como filhos e não como escravos, animado pela Eucaristia, a fazer do domingo, quase universalmente, o dia de descanso”, referiu, perante milhares de pessoas reunidas na sala Paulo VI.
Francisco alertou para o perigo de ser dominado pelo “cansaço do quotidiano”, com as suas preocupações, e o “medo do amanhã”.
“A celebração da Eucaristia dominical dá sentido a toda a semana e recorda-nos, também, com o descanso das nossas ocupações, que não somos escravos, mas filhos de um Pai que nos convida constantemente a colocar a nossa esperança nele”, disse.
“Algumas sociedades secularizadas perderam o sentido cristão do domingo, iluminado pela Eucaristia. É pena, isto! Nestes contextos, é necessário reavivar esta consciência, para recuperar o significado da festa, não perder o sentido da festa, o significado da alegria, da comunidade paroquial, do descansa que restaura a alma e o corpo”, acrescentou.
O Papa respondeu às objeções de quem diz que não é necessário participar na Missa dominical, porque bastaria ser bom e amar o próximo.
“Isso é necessário, mas não é possível sem a ajuda do Senhor, sem obter dele a força para consegui-lo. Na Eucaristia, recebemos do Senhor o que mais precisamos, Ele próprio dá-se a nós como alimento e anima-nos a continuar em frente”, observou.
No final do encontro, o pontífice deixou uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa, convidando todos “a permanecer fiéis ao encontro dominical com Cristo Jesus”.
“Ele desafia-nos a sair do nosso mundo limitado e estreito para o Reino de Deus e a verdadeira liberdade. O Espírito Santo vos ilumine para poderdes levar a Bênção de Deus a todos os homens. Que a Virgem Mãe vele sobre o vosso caminho e vos proteja”, acrescentou.
Já na intervenção dirigida aos jovens, doentes e recém-casados presentes na audiência, o Papa assinalou a celebração da memória litúrgica de Santa Luzia, convidando todos a dar mais espaço à oração e a contemplar “a grandeza do amor de Jesus que nasce e morre” por todos.
G.I./Ecclesia:OC