Organização católica já canalizou cerca de 500 mil euros dos donativos recebidos para o apoio às vítimas dos fogos.
A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) concluiu a reconstrução parcial de 23 habitações de uma parte da população afetada pelos incêndios florestais do mês de junho.
Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a UMP refere que desde a tragédia que atingiu em meados deste ano várias localidades do centro do país, e em particular Pedrogão Grande, “tem trabalhado continuamente para a reabilitação e reconstrução total e parcial de 48 habitações” destruídas pelas chamas.
Os trabalhos envolvem “uma parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, em articulação com o Fundo Revita, sendo que oito imóveis foram atribuídos esta sexta-feira pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro”.
A par dos projetos de reconstrução de casas, a UMP tem estado envolvida no apoio às populações que perderam as suas explorações agrícolas durante dos incêndios de junho.
“Ao todo, 110 agricultores foram apoiados em Castanheira de Pera, Penela, Góis, Sertã e Pampilhosa da Serra”, refere a mesma fonte, especificando que o apoio “contempla a aquisição de alfaias, animais, plantações, entre outros”.
A UMP realça ainda que todos os montantes gastos até ao momento, no apoio às populações, estão disponíveis para consulta na plataforma digital ‘Juntos por Todos’, no âmbito de uma política de gestão dos donativos angariados que quer ser de “total transparência”.
Neste momento, dos cerca de dois milhões e quatrocentos mil euros de apoios angariados, cerca de 500 mil euros foram já concedidos às populações mais afetadas pelos incêndios, havendo ainda a contabilizar 193 mil euros destinados a despesas legais.
Este ano, os incêndios no país atingiram proporções nunca antes vistas, um pouco por todo o território, um drama que provocou 107 mortos, centenas de feridos, destruiu centenas de habitações e empresas e arrasou centenas de milhares de hectares de floresta.
O incêndio mais grave aconteceu em Pedrogão Grande, no Distrito de Leiria, onde morreram 64 pessoas.
G.I./Ecclesia:JCP