Comentando o Evangelho proclamado, D. Ilídio afirmou: “Esta é a síntese de S. João a descrever o Natal, como o grande mistério e milagre do Deus Amor que Se tornou o Emmanuel Encarnado, o Deus Connosco, que veio viver no meio de nós (…) para realizar a divinização dos homens.
(…) Acreditando e acolhendo o Verbo, isto é, celebrando e vivendo o Natal, não há lugar à morte com falta de sentido nem de esperança; não há lugar à escuridão com perda do sentido do caminho a prosseguir; não há lugar ao ódio, à violência ou à injustiça com o esquecimento ou exclusão de alguém; não há lugar à escravidão e a qualquer dependência com a fuga de Deus… Acolhendo o Natal, tornamo-nos familiares de Deus e herdeiros da vida e das promessas divinas”, recordou.
E mais adiante, afirmou que “Viver o Natal é percorrer os caminhos da vida num permanente anúncio de conversão. O Natal empenha e compromete a vida do cristão em missão de anúncio da Boa Nova que quer renovar toda a pessoa que vem a este mundo”.
E explicou: “O Natal não é uma festa intimista, para ser vivida no aconchego da casa e da família. O Natal convida a sair, a levantar a voz, a soltar brados de alegria porque o Senhor vem consolar o Seu povo. O Natal é a grande festa que dá sentido e conteúdo à alegria e que semeia e fortalece a esperança, pois «todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus».
Relacionando com as propostas do Sínodo Diocesano, concretizou: “O Natal é o grande e decisivo passo para acreditarmos na Nova Evangelização que o Sínodo Diocesano quis promover na nossa Diocese. A Palavra de Deus encarnou e tornou-se vida para nós. Ao jeito dos primeiros cristãos que viviam a Palavra à luz do Natal e da Páscoa de Jesus, somos chamados a viver a comunhão do amor e da unidade, com entusiasmo e alegria. Somente assim testemunhamos os valores que nos enviam em missão.”
“É preciso que o Natal não seja somente um dia, tão necessários são os seus valores e os desafios que ele nos faz…”, recordou D. Ilídio, fazendo o desafio: (…) “o Emmanuel, connosco, quer confrontar-se, diariamente, com os sinais e sistemas geradores de morte, de exclusão e de trevas no nosso mundo. Vivamos a esperança e a confiança n’Ele, pois «àqueles que O receberam e acreditaram no Seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus». Sejamos Presépio vivo a anunciar o Verbo de Deus com a nossa própria vida! AMEN…”
E terminou a sua homilia com “Votos de Santo e Feliz Natal para todos vós e para todos os vossos e, desde já, um muito feliz 2018!”
G.I.