D. Ilídio presidiu à celebração exequial, em Vila Nova da Rainha, solidarizando-se com “as pessoas feridas e em sofrimento, com os familiares de todas as vítimas”, a quem deu “o nosso conforto fraterno e amigo,” desejando “a paz e o descanso eterno junto do Pai” para os falecidos.
Uniu-se “nos sentimentos e na saudade” à Associação Cultural, aos membros das autarquias e ao Pároco, saudando “Instituições e pessoas que ajudaram e estiveram unidas a esta Comunidade e aos seus residentes” – Bombeiros, GNR, PJ, Presidente da República, Governo, Instituições Hospitalares e Comunicação Social.
“As relações que foram sentidas, sofridas e choradas, partilhadas ou não, atestam e provam que o sofrimento provoca aproximação e procura, requere e exige união”, afirmou D. Ilídio.
Comentando o texto do Evangelho proclamado, recordou a afirmação de Jesus para a irmã de Lázaro e que hoje ecoou para todos os presentes: “vossos irmãos, amigos e conhecidos ressuscitarão”. Com esta Palavra do Evangelho, “Deus une-se a todas estas famílias e pessoas e a todos estes sentimentos e dores”, recordou.
“Deus não poderia evitar este e tantos outros graves acidentes?”, perguntou. E respondeu, explicando que “Deus não é o milagreiro que altera ou anula as regras naturais das coisas… Deus é Quem aceita que as regras naturais deste mundo tenham as suas consequências”. Concluindo que “sofre-se e morre-se neste mundo porque as fragilidades são condições e produzem efeitos que não resistem à força das agressões físicas ou morais…”
E terminou ensinando que “existe a Fé que (…) é a boa nova que acrescenta mais-valia à vida e dá sentido – somos filhos de Deus e Deus tem uma Casa para toda a Família porque Ele quer que nós estejamos com Ele”.
“Ali, destruirá os efeitos da morte, porque para quem acredita no Senhor da vida, a morte neste mundo é passagem para a outra margem, onde viveremos com Deus e com todos os irmãos e amigos, em família divina, para sempre”, concluiu.
Concelebraram com D. Ilídio o Pároco, Pe. António Flor, o Pe. Marcelino, dali natural e os Padres José de Fátima e António Rocha, antigos párocos, e o diác. Felisberto
Para além do Presidente do Município e da Assembleia Municipal de Tondela, estava também o Presidente do Município de Mortágua, uma Vereadora do Município de Viseu, um Deputado da Assembleia da República, o Director do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Presentes também muitos estandartes de Associações, Bombeiros e GNR.
As principais cadeias de Televisão reportaram, a partir do exterior da Igreja, preservando a intimidade das famílias em luto.
Além das três vítimas que ficaram sepultadas em Vila Nova da Rainha, as restantes tiveram também o seu funeral nas localidades onde residiam.
G.I.