Papa Francisco recebeu em Roma cerca de sete mil membros da Cruz Vermelha Italiana.
O Papa encontrou-se este sábado em Roma com cerca de sete mil membros da Cruz Vermelha Italiana, e destacou a missão que esta instituição está a desempenhar, sobretudo junto dos migrantes e refugiados.
Num discurso publicado pelo serviço informativo da Santa Sé, Francisco salientou que “a presença” deste organismo “junto dos migrantes é um sinal profético e necessário neste tempo”.
“O profeta é aquele que dá bofetadas com a sua maneira de viver, com o serviço que faz e com as palavras”, e nesse sentido o trabalho dos homens e mulheres da Cruz Vermelha “dá verdadeiras bofetadas ao egoísmo social, ao egoísmo das sociedades, e faz despertar o que tem de melhor no coração”, apontou o Papa argentino.
Um estudo da Organização Mundial das Migrações apontava, em meados de 2017, a nação italiana como principal porta de entrada de migrantes e refugiados na Europa, com cerca de 85 por cento dos casos registados.
Na sua reflexão, Francisco alertou para uma “cultura do descartável” que hoje transforma as pessoas numa sociedade “anónima, sem laços e rostos”.
E agradeceu o trabalho que é feito pela Cruz Vermelha Italiana, também junto “das crianças, dos idosos, dos homens e mulheres” que hoje não conseguem fazer “ouvir o seu clamor e perceber os seus sofrimentos”.
“Afirmar o princípio de humanidade significa também ser promotores de uma mentalidade arraigada no valor de cada ser humano, e de uma prática que coloque no cento da vida social não os interesses econômicos, mas o cuidar das pessoas”, completou o Papa.
G.I./Ecclesia:JCP