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Mensagem de Quaresma realça importância da solidariedade e do jejum.
O Papa propõe na sua mensagem para a Quaresma de 2018, divulgada hoje pelo Vaticano, que a esmola seja um “estilo de vida” para os católicos, com atenção aos mais necessitados.
“A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos”, escreve Francisco.
A Quaresma, que começa com a celebração de Cinzas, é um período marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
O Papa parte destas práticas tradicionalmente associadas ao tempo quaresmal para apelar à solidariedade, recordando que muitos organismos recolhem, nesta ocasião, donativos “em favor das Igrejas e populações em dificuldade”.
Os pedidos de ajuda, sublinha o pontífice, devem ser vistos pelos crentes como “um apelo da Providência divina”.
“Como gostaria que, como cristãos, seguíssemos o exemplo dos Apóstolos e víssemos, na possibilidade de partilhar com os outros os nossos bens, um testemunho concreto da comunhão que vivemos na Igreja”, acrescenta.
A mensagem apresenta o jejum como “ocasião de crescimento”, colocando-se no lugar de quem não tem “sequer o mínimo necessário”, afetado pela fome.
“O jejum desperta-nos, torna-nos mais atentos a Deus e ao próximo, reanima a vontade de obedecer a Deus, o único que sacia a nossa fome”, sustenta o Papa.
Francisco deixa votos de que estes apelos ultrapassassem as fronteiras da Igreja Católica, dirigindo-se a todos os que se preocupam com a “iniquidade no mundo” e o “gelo que paralisa os corações”, com a perda do sentido da humanidade comum.
“Uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, jejuar juntos e, juntamente connosco, dar o que puderdes para ajudar os irmãos”, apela.
A mensagem do Papa inspira-se numa afirmação de Jesus, que aparece no Evangelho segundo São Mateus: ‘Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos’.
“Convido, sobretudo os membros da Igreja, a empreender com ardor o caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus”, refere.
As dioceses católicas de todo o mundo vão promover a 9 e 10 de março a iniciativa ‘24 horas para o Senhor’, que o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização (Santa Sé) coordena há cinco anos.
“Em cada diocese, pelo menos uma igreja ficará aberta durante 24 horas consecutivas, oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão sacramental”, adianta Francisco.
G.I./Ecclesia:OC

CategoryIgreja, Papa, Pastoral

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