Papa Francisco questiona quem explora trabalhadores ou desrespeita empregados.
O Papa Francisco alertou hoje para o risco de uma religiosidade de aparência, na Quaresma, quando os católicos são convidados ao jejum e à penitência, questionando quem explora trabalhadores ou desrespeita empregados.
“Penso em tantas empregadas domésticas que ganham o pão com o seu trabalho: humilhadas, desprezadas… Nunca pude esquecer uma vez que fui a casa de um amigo quando criança: vi a mãe dar um estalo na doméstica. 81 anos… Não esqueci aquilo”, confessou, na homilia da Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.
Francisco lamentou a falta de tratamento “justo” aos empregados, considerando um “pecado grave” a exploração dos trabalhadores ou vê-los como “pessoas inferiores”.
O Papa propôs como verdadeiro jejum de Quaresma “partilhar o pão com o faminto, acolher em casa os miseráveis, sem-abrigo, vestir os nus”.
“O meu jejum chega a ajudar os outros? Se não chega, é fingido, é incoerente e leva pelo caminho da vida dupla. Faço de conta ser cristão, justo…. como os fariseus, como os saduceus. Mas, por dentro, não o sou”, denunciou.
G.I./Ecclesia:OC