Organismo católico defende que a «honestidade» tem de ser mais do que «um conceito abstrato».
A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) pronunciou-se hoje sobre vários casos que ultimamente têm marcado a opinião pública e os tribunais, envolvendo diversas “pessoas e instituições” de Portugal.
Numa nota intitulada ‘Para mudar o final’, enviada esta segunda-feira à Agência ECCLESIA, o organismo católico realça que quando está em causa a “honestidade”, não pode haver outro caminho que não a reposição da verdade.
“É estranho como culturalmente parece ter-se instalado um sentimento generalizado de complacência acerca deste valor. Pode até chegar-se a considerar ‘esperto’ o mentiroso que não é apanhado”, lamenta a CNJP.
O organismo católico salienta ainda que as situações que têm vindo a ser denunciadas, envolvendo vários setores do país, desde a política ao setor económico e mesmo no desporto, não pode ser encarada como “uma fatalidade”.
Até porque quem normalmente mais “sofre” com esta questão “são sempre os pobres”, pode ler-se.
Neste sentido, a CNJP pede que a honestidade seja mais do que “um conceito abstrato” e exorta o país, a começar pelas instâncias de responsabilidade, a “não se resignar” perante os atentados à justiça que têm surgido.
Para que a honestidade possa ser sempre “a qualidade primeira” em todas as “relações”, para que este valor se assuma como “material imprescindível” na construção do país, completa o organismo ligado à Igreja Católica.
G.I./Ecclesia:JCP