Protestos sociais já provocaram a morte de dezenas de manifestantes.
Os jesuítas da América Central, através de uma carta do seu provincial, manifestaram-se contra a violência na Nicarágua, onde os protestos sociais contra o governo de Daniel Ortega já provocaram a morte de dezenas de manifestantes.
“A Nicarágua está a atravessar uma grave e crescente crise política. A saída pacífica desta crise traduz o desejo unânime e o firme compromisso da população que exige democracia, liberdade e justiça”, assinala o texto assinado peplo padre Rolando Alvarado.
A Companhia de Jesus, presente na Nicarágua desde 1916, defende a “via pacífica para a superação do conflito”.
“Para alcançar esse objetivo impõem-se um diálogo honesto e uma negociação sensata e viável. Ainda há tempo para evitar uma maior polarização, mais derramamento de sangue e maior sofrimento. Quem quer a paz, não faz a guerra, quem não quer violência não agride, nem persegue, não maltrata, não intimida”, pode ler-se.
A 31 de maio, a Conferência Episcopal da Nicarágua disse ser impossível retomar a mesa do Diálogo Nacional, que estava a mediar, sem que o povo tenha “direito a manifestar-se livremente”, sem ser “reprimido e assassinado”.
O Papa uniu-se este domingo aos apelos dos bispos da Nicarágua contra a violência no país da América Central, pedindo o regresso ao diálogo.
Francisco manifestou a sua “dor pelas graves violências, com mortos e feridos, levadas a cabo por grupos armados, para reprimir protestos sociais” contra o presidente Daniel Ortega.
G.I./Ecclesia:OC