Papa Francisco recebeu participantes na reunião plenária da Academia Pontifícia para a Vida.
O Papa disse hoje no Vaticano que os católicos são chamados a defender com a mesma paixão a “vida sagrada” dos bebés por nascer e dos pobres que já nasceram.
“A defesa do inocente que não nasceu, por exemplo, deve ser clara, firme e apaixonada, porque está em jogo a dignidade da vida humana, sempre sagrada, e a exigência de amor por cada pessoa, independentemente da sua fase de desenvolvimento”, disse aos participantes na reunião plenária da Academia Pontifícia para a Vida, organismo da Santa Sé.
“Igualmente sagrada é a vida dos pobres que já nasceram, que lutam na miséria, no abandono, na exclusão, no tráfico de pessoas, na eutanásia oculta dos doentes e dos idosos privados de cuidados, nas novas formas de escravidão e em qualquer forma de descarte”, acrescentou, numa intervenção divulgada pelo Vaticano.
Francisco denunciou o “trabalho sujo da morte” que evita uma proposta de “sentido de vida” e obscurece o “valor da pessoa”.
“Quando entregamos as crianças à privação, os pobres à fome, os perseguidos à guerra, os idosos ao abandono, não fazemos nós mesmos o trabalho ‘sujo’ da morte?”, questionou.
A reunião plenária da Academia Pontifícia para a Vida decorre entre hoje e quarta-feira, sobre o tema “Iguais no nascimento? Uma responsabilidade global”.
O Papa propôs aos participantes uma visão global da bioética, que se estende a temas como a relação entre pobreza e fragilidade do planeta, a cultura do descarte ou as formas de poder.
G.I./Ecclesia:OC