D. Theodore McCarrick renunciou ao cardinalato.
O Papa Francisco suspendeu do exercício público do ministério o antigo arcebispo de Washington (EUA), D. Theodore McCarrick, acusado de abusos sexuais, aceitando a sua renúncia como membro do Colégio Cardinalício.
O anúncio foi feito hoje em comunicado divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.
O Vaticano precisa que o até agora cardeal enviou uma carta ao Papa, na qual apresentou a sua “resignação” como membro do Colégio Cardinalício.
Francisco aceitou esta renúncia e determinou a suspensão do arcebispo emérito “do exercício de qualquer ministério público”, bem como a “obrigação de permanecer numa casa que lhe será indicada, para uma vida de oração e arrependimento”, até que as acusações que foram feitas sejam examinadas “num processo canónico regular”.
O presidente da Comissão Pontifícia para a Tutela dos Menores (Santa Sé) tinha pedido esta semana “procedimentos mais claros” para casos de abusos sexuais que envolvam bispos católicos.
O cardeal Sean Patrick O’Malley, arcebispo de Boston (EUA) reagia à polémica provocada pelo ‘caso McCarrick’, acusado de abuso sexual contra menores e comportamento sexual inadequado com adultos.
“Estas presumíveis ações, quando cometidas seja por quem for, são moralmente inaceitáveis e incompatíveis com o papel de sacerdote, bispo ou cardeal”, defende numa nota o cardeal O’Malley, que está à frente da Comissão Pontifícia para a Tutela de Menores desde 2014, o ano em que foi instituída pelo Papa Francisco.
O responsável mostrou-se “profundamente perturbado” pelas notícias sobre o cardeal Theodore McCarrick, de 88 anos, considerando que as mesmas “traumatizaram muitos católicos.
G.I./Ecclesia:OC