D. Arlindo Gomes Furtado, primeiro cardeal cabo-verdiano, vai presidir à peregrinação a Fátima, nos dias 12 e 13 de agosto.
O cardeal cabo-verdiano D. Arlindo Furtado vai presidir à peregrinação do migrante e do refugiado a Fátima, a 12 e 13 de agosto, na Semana Nacional de Migrações 2018.
‘Cada forasteiro é ocasião de encontro – Migrantes e refugiados no caminho parta Cristo’ é o tema da 46.ª Semana Nacional das Migrações promovida pela Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM), da Conferência Episcopal Portuguesa, de 12 a 19 de agosto.
A OCPM destaca que o bispo da Diocese de Santiago vai presidir às Eucaristias de 12 e 13 de agosto, respetivamente às 22h30 e no dia seguinte às 10h00, no recinto de oração do santuário.
A Peregrinação do Migrante e do Refugiado começa oficialmente com o acolhimento dos peregrinos às 18h30, do dia 12 deste mês, na Capelinha das Aparições, após a conferência de imprensa de apresentação, a partir das 16h00, na Casa de Nossa Senhora do Carmo.
A mensagem para a Semana Nacional das Migrações 2018 realça que em Portugal é preciso “rever a legislação sobre as migrações”, facilitando o acolhimento, a proteção, a promoção e integração dos migrantes e refugiados com “leis justas de reunificação familiar e fiscalizando as empresas que recorrem a mão-de-obra estrangeira”.
“Perante o drama dos refugiados, que fogem à guerra, à fome, à seca e à pobreza, muitos morrendo pelos caminhos perigosos, vítimas de máfias sem escrúpulos, como cristãos e seres humanos não podemos ficar insensíveis a tudo isto”, escreve D. António Vitalino, vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
Existe também o reconhecimento que “muito se tem feito pelo governo e sociedade civil” mas os bispos portugueses consideram que “ainda resta um longo caminho a percorrer”.
D. António Vitalino realça também que nas comunidades eclesiais “há muito a fazer” e é pedido que se preste “atenção aos estrangeiros que vivem na área das paróquias” e, com voluntários preparados, conheçam as suas “condições familiares, laborais, sociais e de culto”, promovam cursos de português e ajudem a “encontrar os ministros da sua fé”.
“Se forem católicos, procurar nas paróquias a sua integração e, se necessário, buscar na diocese ou na Igreja em Portugal a assistência necessária, para que possam exprimir na sua língua materna a sua alma religiosa, sobretudo por ocasião das grandes festas”, desenvolve o bispo emérito de Beja.
A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana refere que se inspirou na mensagem do Papa Francisco para o 104.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado e lembra que a CEP publicou uma nota pastoral a pedir aos governantes e à Igreja que “tenham em atenção” a mobilidade, “uma das características das sociedade modernas”.
No último dia da Semana das Migrações 2018 realiza-se uma Jornada de Solidariedade, nas paróquias portuguesas, com uma proposta de oração pelos migrantes e a recolha de donativos que revertem para a Obra Católica Portuguesa das Migrações.
“Para que o Pacto Global das Nações Unidas, que será aprovado pelos Estados membros até ao final deste ano, seja um efetivo compromisso na partilha de esforços e responsabilidades de acolhimento, proteção, promoção e integração de migrantes, refugiados e vítimas de tráfico humano”, é uma das preces da proposta de oração universal para as Eucaristia do próximo dia 19 de agosto.
G.I./Ecclesia:CB/OC