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Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral sublinha necessidade de «sustentabilidade turística».
O Vaticano alertou para os “efeitos negativos” de um excesso de procura turística nos locais de destino, apelando à “sustentabilidade” do setor.
“Não se deve subestimar a sustentabilidade turística, já que nalguns destinos turísticos de maior renome e mais procurados se sentem os efeitos negativos de um fenómeno que se opõe a um turismo saudável e justo – o chamado ‘sobreturismo’”, refere o cardeal Peter Turkson, prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, na mensagem para o próximo Dia Mundial do Turismo (27 de setembro).
O responsável do Vaticano deixa votos de que o turismo “possa contribuir para glorificar Deus e valorizar cada vez mais a dignidade humana, o conhecimento mútuo, a fraternidade espiritual e a renovação do corpo e da alma”.
O Dia Mundial, promovido pela Organização Mundial do Turismo (UNWTO), tem como tema, em 2018, “Turismo e transformação digital”, sublinhando os avanços da tecnologia e o seu impacto no tempo livre, as férias e a mobilidade em todos os seus aspetos.
As últimas pesquisas mostram que cerca de 50% dos navegadores digitais se inspiram em imagens e comentários online; 70% consultam vídeos e opiniões dos que já viajaram.
“A inovação digital visa promover a inclusão, aumentar a participação das pessoas e das comunidades locais e alcançar uma gestão inteligente e equilibrada dos recursos”, escreve o cardeal Turkson.
A mensagem do Vaticano realça que a Igreja Católica tem prestado uma atenção especial à Pastoral do Turismo, ao lazer e às férias, vendo-as como oportunidade de recuperar e fortalecer os laços familiares e interpessoais e crescer na “humanidade integral”.
Admitindo que o uso de instrumentos digitais no setor de turismo é uma “grande oportunidade”, o texto assinala, no entanto, que a produção e o uso de “dados”, especialmente dados pessoais, gerados pelo mundo digital, também pode ser utilizada para fins comerciais, propaganda ou até para estratégias “manipuladoras”.
O documento alude à próxima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre os Jovens (outubro de 2018), sublinhando a necessidade de oferecer à juventude cursos de formação e educação antropológica, para que possam viver a “era digital” sem ser enganados pelo mundo virtual.
G.I./Ecclesia:OC

CategoryIgreja, Pastoral

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