Sínodo da Igreja Caldeia teve particularmente em conta o conflito na Síria e as relações entre os EUA e o Irão.
Os bispos da Igreja Caldeia (rito oriental da Igreja Católica), apelaram hoje ao fim da guerra na Síria e em todo o Médio Oriente.
Num comunicado divulgado esta segunda-feira, no encerramento do Sínodo anual da Igreja Caldeia em Bagdade, no Iraque, aqueles responsáveis cristãos salientam a urgência em “promover todos os esforços para o estabelecimento de uma paz duradoura na região”.
Apelam ainda “aos Estados Unidos da América e à República Islâmica do Irão para resolverem os seus problemas através do diálogo e da diplomacia, em vez de uma via punitiva que só custará mais vidas inocentes”.
Os bispos salientam sobretudo a situação do povo iraquiano, “que enfrentou já 30 anos de embargo”, em termos financeiros e comerciais.
“A guerra e as sanções não trazem mais do que resultados negativos”, apontam os prelados da Igreja Caldeia.
O depoimento final do referido Sínodo, que entre 07 e 13 de agosto contou com a participação de responsáveis da Austrália, América, Canadá, Europa, Irão, Iraque, Líbano e Síria, realça a paz como um tesouro muito aguardado, quer para as pessoas do Médio Oriente quer para aquelas que estão atualmente na diáspora.
Neste campo, os bispos destacaram a vitória que significou “o regresso de um bom número de refugiados internos à Planície de Nínive”, de onde muitas famílias tinham fugido devido aos ataques do grupo armado Estado Islâmico.
Saudaram também “a melhoria na segurança no Iraque, e o trabalho que tem sido desenvolvido nas várias dioceses” da Igreja Caldeia, que por exemplo no Iraque integra a maior comunidade católica presente no país.
G.I./Ecclesia:JCP