Jornadas Missionárias perspetivam Ano Missionário, que avalia a possibilidade de realizar uma «grande Peregrinação Nacional a Fátima» no dia 29 de outubro de 2019.
O teólogo Juan Ambrosio disse hoje no início das Jornadas Missionárias, em Fátima, que “ser missionário não é uma especialidade de alguns, mas uma marca de todos os cristãos”, definidos por uma “identidade e uma ação”.
“A ação não decorre daquilo que eu sou, mas do que eu vou sendo à medida que faço aquilo que sou; e faço à medida que sou”, referiu Juan Ambrosio em declarações à Agência ECCLESIA.
Para o teólogo da Universidade Católica Portuguesa, ser missionário “não é um atributo de um grupo específico” ou uma “maneira de agir só para especialistas”, mas uma “marca caraterística e tipificante da experiência cristã”.
“A identidade cristã pressupõe o anúncio da Palavra, Jesus Cristo, a celebração da fé, do encontro com Ele, e a diaconia, que é viver e fazer como Ele viveu e fez. E há uma quarta característica: este três pilares precisam de uma corda, a comunhão, a vida em comunidade”, declarou.
“Sou Missão” é o tema das Jornadas Missionárias, promovidas pela Comissão Episcopal das Missões e Nova Evangelização (CEMNE), através das Obras Missionárias Pontifícias, e outros organismos que dinamizam a missão em Portugal, e decorrem em Fátima até este domingo, nas vésperas do Ano Missionário, que vai decorrer a partir de 1 de outubro.
Para D. Manuel Linda, presidente da CEMNE, há uma “preocupação profunda” da Igreja Católica em Portugal para que “o dinamismo missionário volte a crescer”.
Em declarações aos jornalistas, o bispo do Porto disse que “todos os cristãos têm de sentir o dinamismo missionário”, que “faz parte da sua vocação à fé e do seu batismo”.
D. Manuel Linda adiantou que o Ano Missionário, que decorre em Portugal por iniciativa da Conferência Episcopal após o Papa ter convocado um mês missionário para outubro de 2019, pode ficar assinalado por um grande encontro, em Fátima.
“Há a possibilidade de realizar uma grande Peregrinação Nacional a Fátima, se a Conferência Episcopal Portuguesa aprovar, no dia 29 de outubro de 2019”, indicou.
G.I./Ecclesia:PR