Dinâmica das «aprendizagens essenciais» marca novo ano escolar 2018/2019.
A disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) quer estar na escola, neste arranque de ano letivo, como um elemento de relevo na formação espiritual e de valores para a cidadania, sem ser um “mundo à parte”.
“Na escola há Educação Moral e Religiosa Evangélica e é muito interessante o diálogo que fazemos. Trabalhamos em conjunto em muitos temas e é interessante para a comunidade educativa no seu todo”, desenvolve o professor Paulo Jerónimo, em declarações à Agência ECCLESIA.
A disciplina entrou também na “dinâmica das aprendizagens essenciais”, os conhecimentos, capacidades e atitudes que os alunos devem ter no final de cada ano escolar, após o período em regime experimental.
“A publicação das aprendizagens essenciais para nós, nas escolas, é uma mais-valia que ajuda ao que, de facto, é o estruturante; facilita o contacto e a articulação com outras grupos disciplinares”, destaca Paulo Jerónimo, docente de EMRC em Carcavelos, na região de Lisboa.
Do Departamento do Ensino Religioso Escolar, do Secretariado Nacional de Educação Cristã, o professor Dimas Pedrinho explica que a EMRC “tem metas, como as várias outras disciplinas”, e a escola espera que, “a partir da matriz cristã, trabalhe a dimensão dos valores, da cidadania”.
“Não vamos apenas trabalhar uma cidadania em que trabalhamos valores para a convivência, mas mais fundo, a dimensão moral e espiritual da pessoa”, acrescenta.
Dimas Pedrinho salienta que cada professor quando faz a gestão do programa, e “olha para as aprendizagens essenciais”, vai fazer as suas escolhas “em linha com essa expectativa”.
O professor Paulo Jerónimo realça a “especificidade muito grande” da disciplina e a sua “valorização da dimensão da cidadania” que está prevista como os novos diplomas e “encaixa perfeitamente num grande contributo” de EMRC.
“Era preocupação da disciplina agora reforçada com tempos letivos que passam a estar disponíveis para os alunos nalguns ciclos e reforça a nossa participação na escola, a nossa presença, os nossos conteúdos e a nossa missão”, desenvolveu.
O docente de Carcavelos adianta que na sua escola a participação de alunos na disciplina é maior “nos primeiros ciclos” e depois, até pelo percurso de cada aluno, esse número baixa, mas continua a ser “bastante satisfatório”.
Paulo Jerónimo realça que alguns alunos “não são católicos, não são cristãos” mas participam ativamente “por conhecimento, por curiosidade, numa perspetiva humanista” e os diversos temas são sempre apresentados “numa perspetiva cristã”.
No ensino secundário os alunos querem “emitir opinião” sobre temas e palavras que vão ouvindo no dia-a-dia, como alterações climáticas, aquecimento global, economia, desemprego, especulação, e conhecê-los de “não de forma tão técnica”.
“Temas presentes na disciplina em vários anos do currículo de EMRC que são tratados conforme idade dos alunos e contribui para o perfil ideal do aluno”, salienta o professor Paulo Jerónimo.
G.I./Ecclesia:PR/CB/OC